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Descomplica / Aceitação

Conselho de amiga: você merece um elogio!

Difícil acreditar que podemos impressionar positivamente e ter o reconhecimento expresso em palavras

Da Redação Publicado em 25/08/2019, às 14h00

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Dê seu “muito obrigada” quando disserem que o tempo não passa para você - Banco de Imagem/iStock
Dê seu “muito obrigada” quando disserem que o tempo não passa para você - Banco de Imagem/iStock

Basta elogiarem seu cabelo, sua roupa ou qualquer coisa que te pertença para a resposta vir automática: “Imagina, meu cabelo está horrível. Este vestido? Comprei em uma liquidação. Bolsa? Engana, né? Mas é da 25 de Março. Pele boa? Troca os óculos”. 

Essa autodepreciação é quase espontânea. E o motivo é simples: não fomos preparadas para receber elogios. Algo grita dentro da gente quando alguém nos consagra, como se fôssemos pegas em flagrante delito. 

O primeiro impulso é se esconder dos holofotes, antes que descubram que somos uma fraude e o elogio não cabe. Um misto de constrangimento e culpa, e o cérebro dá o comando para desqualificar a situação. 

O outro sentimento é o descrédito: “Mentira. Minhas unhas estão fracas, a blusa caiu horrivelmente e sou gorda. Linda? Deboche, com certeza”. Difícil acreditar que podemos impressionar positivamente e ter o reconhecimento expresso em palavras. 

Tem a ver com autoestima. E autoestima, geralmente, não é item de fábrica. Precisa ser construída, com ginástica mental digna de atleta de alta performance. Mesmo que você não aposte uma única ficha em você mesma. 

A dica é simples: se alguém te elogia, mesmo que todos os “senões” te venham na ponta da língua, engole e agradece. Não comente, não teorize, não justifique. Agradeça. 

Dê seu “muito obrigada” quando disserem que o tempo não passa para você, que seu sorriso alegra a casa e que sua pulseira é linda. Porque é só o que deve dizer. 

A menos que façam uma santa inquisição sobre o acessório, não tem necessidade de passar a ficha técnica, explicando que comprou no camelô da esquina por R$ 10, uma pechincha. 

Receba e sorria. Porque mesmo se o elogio não for sincero, o malefício vai ficar com quem o proferiu desonestamente. Você fica com a parte boa, com a energia do merecimento. E essa é a melhor rasteira que podemos dar em quem tenta um ataque às avessas.

WAL REIS é jornalista, profissional de comunicação corporativa e escreve sobre comportamento e coisas da vida.