O Ministério da Saúde voltou atrás na decisão de vacinar adolescentes de 12 a 17 anos contra a covid-19. Em nota publicada na última quarta-feira (15), a pasta orientou que apenas os jovens com deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade recebam o imunizante.
Vale mencionar que a medida é contrária a uma outra nota, também publicada pelo Ministério, no início deste mês. Até então, a recomendação era de que todos os adolescentes começassem a ser vacinados a partir do dia 15.
Segundo a pasta, o motivo da mudança são os relatos de falta de vacina no país, especialmente para os adultos que aguardam para receber a segunda dose do imunizante. Outro argumento foi uma suposta argumentação da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a vacinação dos adolescentes, o que se mostrou inconsistente.
“A Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”, diz um trecho da nota. Entretanto, o que diz o órgão internacional é que a inclusão deste público na campanha é apenas “menos urgente” que os demais, como os idosos e profissionais da saúde.
ESTADOS E MUNICÍPIOS
Diante da recomendação do Ministério da Saúde, os estados e municípios brasileiros mantêm a autonomia para seguir ou não com a vacinação de adolescentes sem comorbidades.
Por enquanto, as cidades de Natal e Salvador foram as únicas que interromperam a imunização, enquanto São Paulo garantiu que seguirá o calendário como já havia sido programado.