O ator fez questão de defender o período de quarentena
Morando no Brasil há 17 anos, Nicola Siri tem recebido notícias sobre a pandemia de Covid-19 (novo coronavírus) em seu país de nascimento, Itália.
Em entrevista ao jornal Extra, divulgada nesta sexta-feira (10), o ator lamentou a morte de amigos e conhecidos.
"Fiquei triste após receber uma notícia recentemente. Uma amiga de 63 anos. Ela era saudável, praticava esportes, mas não resistiu ao coronavírus. Ela era de Bérgamo. E lá não há uma pessoa que não conheça uma pessoa, parente ou amigo, que morreu por causa da doença", contou.
Para continuar, deixou claro que não é uma simples gripe e defendeu o período de quarentena.
“[O coronavírus] não é uma gripezinha. Lombardia é uma região de trabalhadores. Acharam que poderiam enfrentar o vírus, mantendo a vida normal. Mas acabaram sendo derrotados. Ter um parente doente e não poder acompanhar no hospital. Ou não poder se despedir num velório, porque as cremações são realizadas quase que imediatamente...Imagina como isso? é difícil", disse.
Por fim, o italiano de 51 anos detalhou como está o seu país de nascença, que acumula, até a publicação desta nota, 610 mortes.
"Falo sempre com o meu irmão, com os meus pais e amigos. Estão no isolamento. As saídas por lá (na Itália) são controladas pela polícia. Precisa até de um documento dizendo para onde você vai. É difícil, mas é o necessário. Antes mesmo de isso começar aqui (no Brasil), já tinha me dado conta do que poderia se tornar por causa do que acontecia na Itália ", concluiu.
Vale lembrar que o último papel do ator nas telinhas foi em 'Éramos Seis', da TV Globo, onde deu vida ao personagem Osório.