Gui Araújo pode ter 'mitomania'? Veja quais são os sintomas da ‘doença da mentira’
Basta Gui Araújo fazer um comentário sobre sua vida pessoal, enquanto participa de ‘A Fazenda’, para criar alguma polêmica aqui fora. Isso porque muitos amigos e conhecidos do artista têm apontado que não reconhecem como verdade o que o rapaz anda contando.
Um exemplo disso foi a última história que viralizou, quando Gui Araújo afirmou que teve relações sexuais com Jade Picon enquanto ela ainda namorava João Guilherme. Leo Picon chegou a usar suas redes sociais para afirmar que não estava reconhecendo mais o amigo.
vou falar de coração o que eu estou vendo…
— Leo Picon (@LeoPicon) October 23, 2021
O Gui tá mt estranho, não sei o que passa na cabeça dele lá dentro, vejo ele narrar fatos nesse programa q eu estava presente e eu não sei pq ele tá distorcendo fatos compulsivamente sem finalidade alguma, ele fez isso várias vezes
Gabi Brandt, ex-namorada de Gui Araújo, afirmou em entrevista recente que já pegou o famoso mentindo em várias ocasiões, quando percebeu ele exagerando uma situação ou até inventando algo do zero. A morena, inclusive, confessou ter vivido um relacionamento abusivo com o rapaz.
Outra artista que entrou na polêmica foi Anitta. A cantora, que também já namorou Gui Araújo, afirmou que ele tem um transtorno psicológico chamado 'mitomania', cujo principal sintoma é a necessidade compulsiva de mentir. Após a afirmação de Anitta, vários conhecidos do participante de 'A Fazenda 13' concordaram. Inclusive Brandt, que relatou mais exemplos de mentiras e situações conflituosas que teve com o ex-namorado.
O QUE É MITOMANIA?
A psicóloga Fabíola Luciano, especialista em Terapia Cognitiva e Comportamental, explica que a mitomania em si não é citada nos manuais da psiquiatria como uma doença, diferentemente de uma depressão, por exemplo, que possui um CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) e um descritivo.
A mitomania, na realidade, é uma tendência patológica que pode, ou não, estar associada a outros transtornos psiquiátricos e de personalidade. "Isso quer dizer que algumas pessoas com transtornos de personalidade podem ter tendência a mentir, mas nem todo mentiroso tem um transtorno", ressalta.
É importante, contudo, destacar que o mitômano não mente para se beneficiar e ter algum ganho pessoal, profissional ou mesmo para ferir alguém, embora isso possa acontecer. Segundo a terapeuta, a mitomania está associada ao modo como a pessoa quer ser vista.
“Por algum tipo de insatisfação pessoal e social, a pessoa sente a necessidade de mentir e isso pode se tornar uma compulsão”, avalia. De acordo com Fabíola, a “doença da mentira” pode ser desenvolvida por experiências em relações sociais, histórico de vida, de invalidação, de necessidade de aprovação e, especialmente, em relação à autoestima.
MITOMANIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A psicóloga explica que os pacientes com mitomania, muitas vezes, acabam mesmo acreditando na história que estão contando. Depois, porém, quando ele sai do "pedestal" que criou, acaba se dando conta que disse algo que não era verdade. Alguns ficam mal com isso e outros nem tanto. Aqueles que reconhecem o problema e se sentem prejudicados por ele, começam a buscar ajuda.
"O tratamento é essencialmente psicológico, [os psicólogos] precisamos modificar um comportamento que é completamente estruturado na forma em que a pessoa se vê, mas isso só acontece quando ela quer ser ajudada e percebe os prejuízos sociais", afirma Fabíola.
Quanto aos riscos aos quais a pessoa pode se submeter com a compulsão, Fabíola afirma que pode acontecer um 'efeito rebote', em que o mitômano mente para se sentir bem perante ao seu grupo social, mas esse mesmo grupo o invalida por causa das mentiras.
"Ou seja: o que essa pessoa mais busca, que é o reconhecimento social, pode cair por terra em uma espécie de efeito rebote, porque ela pode começar a ser hostilizada por tantas mentiras", explica.
SERÁ QUE GUI ARAÚJO TEM MESMO MITOMANIA?
A psicóloga revela que não é possível fazer um diagnóstico baseado na opinião de pessoas que conviveram com alguém que parece – ou não – ter mitomania. Segundo ela, para se determinar algo, é necessário que um profissional avalie seu comportamento de perto, em uma consulta em particular.