Restaurar florestas, proteger oceanos e combater espécies invasoras são ações fundamentais para frear a destruição ambiental — saiba como!
A destruição ambiental vem causando efeitos devastadores no planeta, mas ainda há esperança. Proteger espécies em risco e restaurar seus habitats são medidas essenciais para garantir que possam viver em segurança. Quando mantidos em boas condições, ecossistemas ricos em biodiversidade não só ajudam a renovar a água, o ar e o solo, mas também reduzem a propagação de doenças contagiosas.
Um estudo recente confirmou a eficácia de iniciativas de conservação em frear a perda de biodiversidade global. Durante 10 anos, pesquisadores internacionais analisaram medidas como a criação de áreas protegidas, a recuperação de habitats degradados e a remoção de espécies invasoras. O resultado? Em 66% dos casos, essas ações melhoraram a biodiversidade ou diminuíram sua perda.
Mas qual é a urgência? Há dois anos, líderes de mais de 100 países firmaram um compromisso para salvar o planeta: proteger 30% das terras e dos oceanos até 2030. No entanto, atualmente, apenas 17% das terras e 8% dos oceanos estão sob proteção designada, segundo a The Nature Conservancy (TNC). Esse percentual ainda está longe da meta desejada, e a necessidade de ação é urgente. Mas quais medidas podem salvar o planeta?
Os oceanos, que cobrem 70% da superfície da Terra e abrigam mais de 95% da biosfera, possuem uma biodiversidade imensa. Porém, apenas 2,8% de sua área é efetivamente protegida. Quando Áreas Marinhas Protegidas (AMP) são estabelecidas e aplicadas corretamente, elas funcionam como refúgios cruciais para inúmeras espécies, evitando a pesca predatória e a destruição ambiental.
O exemplo das Ilhas Seychelles destaca o impacto positivo das AMP. Em troca da criação de 13 novas áreas protegidas, o país teve US$ 22 milhões de sua dívida perdoada, resultando no retorno de baleias ao Oceano Índico — um marco na conservação. Já os Açores, em 2024, criaram a maior AMP do Atlântico Norte, protegendo 287 mil km² de mar.
Espécies invasoras representam uma das maiores ameaças à biodiversidade, gerando um prejuízo global de mais de US$ 423 bilhões por ano. Desde o ano 1500, essas espécies contribuíram para 25% das extinções de plantas e 33% das extinções de animais. Com as mudanças climáticas, a disseminação de espécies invasoras se intensifica, tornando sua erradicação mais desafiadora.
Um caso bem-sucedido é o da ilha de Palmyra, no Oceano Pacífico, que, em 2011, conseguiu eliminar cerca de 20 mil ratos invasores. Como resultado, a fauna local prosperou, novas espécies de caranguejos apareceram e as árvores nativas voltaram a se fortalecer.
As zonas úmidas são cruciais para a vida selvagem e para o equilíbrio do ecossistema, prevenindo enchentes e oferecendo água potável. Infelizmente, 85% desses habitats já foram degradados. Um exemplo de recuperação é o projeto de revitalização dos Everglades, na Flórida, que busca melhorar a segurança hídrica e reintroduzir espécies locais.
Em Colombo, no Sri Lanka, uma antiga área de despejo de lixo foi transformada em uma zona úmida vibrante, lar de aves e plantas aquáticas. Em Linnunsuo, na Finlândia, uma região antes poluída deu lugar a um habitat revitalizado, atraindo mais de 200 espécies de aves desde 2013.
A conservação de espécies que têm um papel central nos ecossistemas é crucial para salvar o planeta. Castores, por exemplo, ajudam a restaurar habitats aquáticos nos EUA, enquanto as tartarugas gigantes das Ilhas Galápagos criam clareiras fundamentais para a sobrevivência de aves ameaçadas. Na Bacia do Congo, elefantes espalham sementes que impulsionam o crescimento das florestas.
A perda de cobertura florestal é uma das maiores ameaças à biodiversidade. Entre 2001 e 2011, cerca de 437 milhões de hectares de floresta foram destruídos. Proteger as florestas existentes é a maneira mais eficaz de sequestrar carbono e apoiar a biodiversidade. A regeneração natural, que permite que as árvores cresçam espontaneamente, pode absorver 40 vezes mais carbono do que a plantação de novas árvores.
Restaurar, proteger e agir são os caminhos para conter a destruição ambiental e garantir que o planeta tenha um futuro sustentável. Agora, mais do que nunca, é essencial fazer a nossa parte para salvar o planeta.
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