Embora tenham virado tendência no mundo da arquitetura e decoração, também é fundamental saber quais plantas não colocar em casa
Publicado em 15/10/2024, às 12h50
Seja pela associação com o bem-estar, estilo de vida saudável ou decoração: trazer plantas para dentro de casa se tornou uma tendência cada vez mais comum. No entanto, vale redobrar o cuidado na hora de escolher quais irão integrar o seu jardim.
É que nem todas as espécies são benéficas quando o assunto é saúde, sobretudo em ambientes internos. Para pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios, a presença de determinadas plantas pode agravar os sintomas e até causar reações graves.
De acordo com Cristiane Passos, médica especialista em alergias respiratórias, as reações adversas vão de espirros a irritações mais graves: “O encanto das plantas não deve ofuscar os riscos que algumas delas representam para a saúde, especialmente em épocas de polinização intensa”, alerta
Um exemplo clássico de planta que pode trazer problemas é o Lírio da Paz. Embora seja conhecido por sua beleza, a espécie pode causar irritações em pessoas predispostas a alergias. Porém, a espécie está longe de ser a única.
A Samambaia, famosa em decorações, é outra problemática. A folhagem tende a acumular poeira e mofo, que podem agravar quadros alérgicos e respiratórios: "A umidade que algumas plantas retêm pode se transformar em um ambiente propício para o crescimento de fungos, que são alérgenos conhecidos”, reforça a otorrinolaringologista.
Plantas como o Ficus e as Orquídeas, duas opções chamativas e queridinhas, também podem desencadear reações alérgicas. Além disso, o sinal de alerta para quem tem planta em casa deve ser redobrado durante a primavera. Isso ocorre por conta da polinização do período.
“A primavera é uma estação que traz um incremento nos níveis de pólen, o que pode ser desafiador àqueles que já enfrentam alergias. Monitorar as contagens de pólen, por meio de sites, aplicativos e serviços meteorológicos locais pode ser uma estratégia eficaz nesse contexto, para evitar atividades ao ar livre em dias de alta polinização”, indica Passos.
Uma das opções preferidas de quem planeja se aproveitar da beleza e do aconchego do verde em casa sem preocupação são as plantas artificiais. Ainda assim, alguns cuidados não podem ser deixados de lado. Segundo a especialista, a manutenção regular é crucial.
"Embora plantas artificiais não produzam pólen, elas também podem acumular poeira e alérgenos. Limpeza frequente e o uso de produtos hipoalergênicos são essenciais para garantir um ambiente livre de irritantes”, explica Cristiane Passos.
Ou seja, é fundamental colocar benefícios e riscos na balança antes de escolher plantas para ambientes internos. Assim, você garante que a beleza da natureza não venha acompanhada de desconforto alérgico.
“Para quem sofre de alergias, é importante considerar o tipo de planta que se tem em casa. Alternativas mais seguras, como o Aloe vera e a Palmeira de Areca, podem ser opções viáveis que ajudam a melhorar a qualidade do ar sem causar reações alérgicas”, sugere a médica.
Pensando em facilitar a escolha da planta ideal, a médica Cristiane Passos listou dicas para alcançar esse objetivo de maneira saudável e sem comprometer a saúde:
Ou seja, priorize por espécies menos alergênicas, como Aloe vera e Palmeira de Areca, e evite plantas conhecidas por causar reações, como Ficus e Samambaia.
Higienizar as folhas regularmente para remover poeira e mofo. Desta forma, minimiza a acumulação de substâncias alérgenas.
Manter o ambiente bem arejado ajuda a reduzir a umidade e evitar o crescimento de fungos.
Ssites e aplicativos como Weather.com e Pollen.com servem para acompanhar as contagens de pólen em sua região.
Evite sair em dias de alta contagem de pólen, especialmente durante as manhãs.
Se você é alérgico, plantas artificiais podem ser uma alternativa. Mas estas opções também devem ser limpas regularmente para evitar poeira.
Para orientações personalizadas, consulte um otorrinolaringologista ou alergologista, especialmente se você tem histórico de alergias.