AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Carreira / MUITO MAIS QUE MEDALHA

Seguidores, dinheiro e mais: impactos da Olimpíada na carreira dos atletas

Os Jogos Olímpicos representam, para muitos atletas, um verdadeiro divisor de águas; conheça os impactos da Olimpíada na carreira dos esportistas

Gabriela Occhipinti
por Gabriela Occhipinti

Publicado em 15/08/2024, às 15h53

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Além da medalha: saiba os impactos da Olimpíada na carreira de um atleta - Reprodução/Instagram
Além da medalha: saiba os impactos da Olimpíada na carreira de um atleta - Reprodução/Instagram

As Olimpíadas são um evento de magnitude global que transcende barreiras culturais, geográficas e sociais. Para um atleta, participar dos Jogos Olímpicos não é apenas uma oportunidade de competir no mais alto nível do esporte, mas também uma chance de impactar profundamente sua trajetória. Saiba quais são os impactos da Olimpíada na carreira dos atletas.

A Olimíada de Paris se encerrou no último dia 11 de agosto e agora a cidade se prepara para receber os Jogos Paralímpicos que serão disputados entre 28 de agosto e 8 de setembro. Além da conquista de uma medalha olímpica, maior objetivo durante a competição, a participação no evento pode transformar a trajetória profissional de um atleta de inúmeras maneiras.

Impactos da Olimpíada na carreira

Participar de um evento como os Jogos Olímpicos já é, por si só, um feito significativo que reconhece anos de treinamento rigoroso e dedicação. Mas, os benefícios vão muito além do prestígio imediato tendo impactos financeiros e as oportunidades profissionais para os esportistas. Veja a seguir alguns deles:

Repercussão e visibilidade

Uma das principais formas pelas quais uma Olimpíada impacta a carreira de um atleta é através da repercussão imediata após ganhar uma medalha olímpica, pois subir ao pódio coloca o esportista em destaque na mídia mundial.

Isso porque, com os olhos da mundo e, consequentemente, da mídia voltados para a competição o atleta acaba se tornando uma figura pública reconhecida não apenas no âmbito esportivo, mas também entre o público em geral. Esta visibilidade pode abrir portas para novas oportunidades, como contratos de patrocínio e parcerias comerciais.

As ginastas brasileiras são um exemplo disso. Elas viram um aumento significativo em suas redes sociais depois de suas participações na Olimpíadas de Paris.

Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade ultrapassaram a marca de 1 milhão de seguidores no Instagram após suas participações nas competições. Júlia, por exemplo, tinha apenas 56 mil seguidores no início da Olimpíada e agora possui mais de 2 milhões.

Mas, a popularidade nas redes sociais não garante oportunidades automáticas. Para atrair contratos com marcas e patrocinadores, os atletas precisam manter uma constância na criação de conteúdo na internet.

Após as Olimpíadas de Paris, Julia Soares soma mais de 2 milhões de seguidores no Instagram
Após as Olimpíadas de Paris, Julia Soares soma mais de 2 milhões de seguidores no Instagram - Reprodução/Instagram

Prêmios em dinheiro

Os aspectos financeiros são talvez um dos impactos mais visíveis da participação olímpica. Muitos países oferecem recompensas monetárias significativas para os atletas que conquistam medalhas como é o caso do Comitê Olímpico Brasileiro que dá prêmios em dinheiro para os medalhistas.

Rebeca Andrade, por exemplo, ganhou quatro medalhas na capital francesa. O bronze na final geral por equipes feminina rendeu R$ 56 mil aos cofres da atleta — o mesmo valor pago às outras ginastas, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira.

No individual geral, Rebeca ficou com a medalha de prata e R$ 210 mil. No salto, a brasileira voltou ao segundo lugar e adicionou mais R$ 210 mil à conta. No solo, a ginasta sagrou-se campeã olímpica e garantiu mais R$ 350 mil ao seu patrimônio. Somando todas as premiações, ela ganhou R$ 826 mil nas Olimpíadas de Paris.

Apesar desses ganhos significativos nas Olimpíadas, vale lembrar que a competição é realizada a cada quatro anos e entre esses ciclos os atletas dependem principalmente dos patrocínios.

Por isso, os contratos de patrocínio são frequentemente buscados além de se tornarem mais lucrativos e numerosos após uma vitória olímpica. Isso porque as empresas buscam associar suas marcas a atletas vencedores, resultando em acordos que podem garantir estabilidade financeira a longo prazo.

Maior medalhista brasileira: conheça a história de Rebeca Andrade

Oportunidades profissionais

Além dos ganhos financeiros imediatos, os impactos da Olimpíadas na carreira incluem diversas oportunidades profissionais. Atletas medalhistas muitas vezes recebem convites para participar de eventos públicos, palestras e campanhas publicitárias.

Além disso, eles são convidados, em alguns casos, para funções consultivas ou executivas em comitês esportivos e organizações relacionadas ao esporte. Essa diversificação das atividades profissionais não apenas amplia suas fontes de renda, mas também lhes dá plataformas adicionais para influenciar positivamente o esporte.

Outro caminho que os ex-atletas frequentemente fazem é o de assumirem posições como técnicos ou comentaristas esportivos. Bernardinho, por exemplo, antes de se tornar o técnico da seleção brasileira de vôlei, foi jogador desde os 13 anos e representou a seleção nacional entre 1979 e 1986.

A ex-jogadora de vôlei Fofão também exemplifica essa transição. Eleita a melhor do mundo em sua posição e com cinco participações olímpicas no currículo, Fofão agora treina a seleção de vôlei sub-17 feminina. Além disso, ela é sócia e embaixadora da marca Beleza Negra, que desenvolve produtos especialmente para pessoas negras.

Legado e impacto social

Outro aspecto importante é o legado e o impacto social que um atleta pode deixar após sua participação olímpica.

Atletas bem-sucedidos frequentemente se tornam modelos a serem seguidos por gerações futuras. Assim, além dos impactos da Olimpíadas na carreira, eles inspiram jovens aspirantes a atletas e promovem valores como disciplina, perseverança e trabalho em equipe.

O ex-atleta olímpico, Flavio Canto criou, juntamente com seu técnico Geraldo Bernardes e amigos, o Instituto Reação
O ex-atleta olímpico, Flavio Canto criou, juntamente com seu técnico Geraldo Bernardes e amigos, o Instituto Reação - Reprodução/Instagram

Um exemplo disso é o judoca e medalhista olímpico Flavio Canto, que, juntamente com seu técnico Geraldo Bernardes e amigos, criou o Instituto Reação, em 2003.

Leia também:

Paris 2024: saiba as datas, transmissão e detalhes da Paralimpíada

Quatro medalhas e quase R$ 1 milhão: saiba quanto Rebeca Andrade ganhou nas Olimpíadas de Paris

Medalhistas olímpicos recebem isenção de Imposto de Renda; entenda