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Você sabia que dormir bem é envelhecer com saúde?

Tudo que você precisa saber para ter uma boa noite de sono e diminuir os riscos de doenças do coração, diabetes

Júlia Arbex Publicado em 02/06/2019, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

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Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos - Banco de Imagem/iStock
Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos - Banco de Imagem/iStock

De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurofisiologia (SBNC), 45% dos brasileiros dormem mal, 32% demoram para iniciar o sono e 52% acordam cansadas. O problema: pregar os olhos não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico. 

Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e longo prazos. Um exemplo? Quem descansa pouco possui mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, depressão, ansiedade e envelhecimento precoce. Descubra quais são os distúrbios do sono mais comuns e aprenda a fugir deles.

Por que todos nós devemos dormir bem?
“Além de recuperarmos a energia gasta ao longo do dia inteiro, uma boa noite de sono: 1) Regulariza a função dos hormônios fundamentais para o funcionamento do organismo. 2) Melhora nossa memória. 3) Faz com que os tecidos do corpo sejam reparados, facilitando a cicatrização de feridas e o fortalecimento da imunidade”, explica Danilo Sguillar, otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono com ênfase em apneia do sono.

O que é considerado “sono bom”?
Não se recomenda dormir menos de seis horas por noite. No entanto, a quantidade de sono adequada pode variar de pessoa para pessoa devido a diversos fatores, como a idade, por exemplo. 

Sguillar afirma que o descanso é bom quando ele nos satisfaz. “Você acorda disposto, com energia e vigor. Não há roncos ou agitações à noite nem sonolência ao longo do dia e você mantém uma rotina de sono (dorme e acorda no mesmo horário).”

DISTÚRBIOS
Existem diversos tipos de transtornos atrelados ao sono e surgem em qualquer idade. Eles devem ser tratados, pois quando persistem podem afetar gravemente a saúde do corpo e da mente.

Conheça os mais comuns:
Insônia
Trata-se do problema mais frequente. O indivíduo tem dificuldade em começar a dormir ou manter os olhos pregados. Queixar-se de cansaço durante o dia também indica que a noite não foi das melhores. 

A causa pode estar atrelada a uma doença, como depressão e alterações hormonais, ou provocada por hábitos inadequados, responsáveis por prejudicar a capacidade de dormir. Como tratar? Vá ao médico para descobrir a verdadeira origem dos sintomas.

Apneia
Conhecida também como síndrome da apneia obstrutiva do sono, a doença ocorre devido a uma interrupção do fluxo respiratório. Seus sintomas são: roncos, sonolência diurna e irritabilidade. 

O tratamento é feito com o uso de máscaras adaptáveis de oxigênio, chamadas CPAPs, ou, dependendo do caso, pode ser indicada uma cirurgia. Mudar alguns hábitos, como parar de fumar e perder peso, é recomendado.

Privação
Quem sofre com esse problema tem dificuldade em se manter acordado ao longo do dia. Isso pode, inclusive, atrapalhar o desempenho das atividades diárias. 

A privação costuma ser provocada por situações que impedem a existência de um sono adequado, como haver pouco tempo para dormir e interrupções várias vezes ao longo da noite. 

Para evitar que isso aconteça, procure manter alguns hábitos, como praticar exercícios físicos durante o dia, deixar o quarto arejado e dormir sempre no mesmo horário.

ESTRATÉGIAS PARA DORMIR MELHOR

  • Deite e acorde sempre no mesmo horário;
  • Deixe o quarto escuro, arejado e com temperatura adequada;
  • Tenha uma alimentação leve à noite e coma até duas horas antes de se deitar;
  • Desligue os eletrônicos, como celular e tablet, cerca de uma hora antes de deitar;
  • Pratique atividades físicas de manhã ou à tarde para não prejudicar o início do sono;
  • Evite consumir bebidas com cafeína. Os adultos que não têm sensibilidade à cafeína podem tomar até quatro xícaras de café por dia. Não abre mão dos energéticos? Beba, no máximo, duas latinhas diárias. Para crianças e adolescentes, o consumo não é indicado;
  • Visite seu médico regularmente.