AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Sigo o que me faz bem. Sou eclética com a fé

Cissa Guimarães bate um papo com a gente sobre espiritualidade, relações contaminadas pela internet e o entusiasmo com seu novo programa, o É de Casa

Roseane Santos Publicado em 24/08/2015, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
cissa 983 - Renato Rocha Miranda
cissa 983 - Renato Rocha Miranda
Aos 58 anos, Cissa Guimarães esbanja a energia e a vivacidade de uma menina. Também pudemos testemunhar nos bastidores do programa É de Casa, que estreou sábado passado na Globo, o carinho que toda a equipe tem pela atriz, uma das apresentadoras da nova atração. Cissa comandou durante dois anos um programa sobre espiritualidade no GNT, o Viver com Fé. 

E desde a morte do filho Rafael Mascarenhas, há cinco anos, quase sempre menciona o tema em suas entrevistas. Apesar disso, esclarece que não é especialista no assunto, mas que pratica o exercício da fé. “Às vezes rezo um terço, mas também me sinto bem com a meditação budista, acendo vela para minha mãe Oxum e vou trazer uma imagem de Santa Clara para ficar comigo aqui. Sigo o que me faz bem, não importa que seja na igreja ou em um templo”, diz. 

Cissa nos atendeu para um papo descontraído, mas que também envolveu temas fortes, como o isolamento social provocado pela internet. “As pessoas saem para jantar e ficam só teclando, mudas, olhando para o celular.
Acho isso bizarro”, dispara. Acompanhe, a seguir, nossa conversa com a atriz.

O programa É de Casa ocupa boa parte da manhã de sábado. O que normalmente você fazia nesse dia?
Aos sábados pela manhã, eu procurava fazer as coisas pra mim. Ir ao salão, fazer as unhas, responder aos e-mails que não tive tempo de responder durante a semana. Também curto usar o sábado para me programar, ver o que está passando no cinema, por exemplo. Acho que esse dia foi feito para curtir, mas também é ótimo curtir em casa, arrumar uma gaveta, reler um livro.

Muitos consideram que a casa é um templo particular. Você também pensa dessa forma?
Acho que a gente tem que cuidar muito de nossas casas: a casa física e a casa da nossa alma, o nosso corpo. E cuidar significa cuidar com carinho, cuidar da nossa família, cuidar do outro. Não é aquela rotina de todo mundo sair para trabalhar, só dar um beijinho e no final de semana ninguém se falar. Precisamos voltar a conversar. 

Não dá mais para ficar cada um em seu quarto isolado com sua internet. Uma coisa que eu espero que aconteça com esse novo programa é ajudar a família a conversar mais, a se integrar mais. Eu sou a pessoa mais lesada em internet. Acho que é um portal maravilhoso, mas perigoso. Por causa da internet, as pessoas não se falam mais. Quando saem para jantar, por exemplo, em pouco tempo começam a teclar na mesa. Fica todo mundo mudo, olhando para o celular. Acho isso bizarro!

Como exercita sua fé? 
Sou muito eclética. Rezo e vou ao centro espírita para tomar meu passe, mas se você me perguntar sobre Allan Kardec [grande estudioso do espiritismo], não sei falar, não pesquisei a fundo a vida dele. Às vezes até rezo um terço, mas também me sinto bem com a meditação budista, acendo vela para a minha mãe Oxum e vou trazer uma imagem de Santa Clara para ficar comigo aqui.

Além de espiritualidade, o que pretende abordar no programa? 
Quero falar de superação, mostrar pessoas anônimas que fazem trabalhos legais. A produção descobriu uma ONG em Santa Teresa [bairro carioca], onde umas meninas fazem um trabalho lindo numa comunidade. Fico pensando como vai ser falar com elas, estou 
superentusiasmada.
O que faz para se manter tão bem aos 58 anos? 
Trabalho, minha filha, eu trabalho muito [risos]. Faço exercício sempre que posso, me esforço para manter uma rotina. Tenho aulas de ioga e meditação. Na alimentação, não faço nada radical, porque também como na rua, no trabalho. Não tomo refrigerante, não bebo durante a semana, no máximo um copo de vinho. E como muito pouco açúcar. Outra coisa de que não gosto é gordura, passo longe. Agora, se eu for a um aniversário, claro que vou comer o bolo, sim, comer cachorro-quente. Isso também faz parte da vida!