Dores de cabeça são muito comuns, mas elas podem se tornar acompanhantes indesejadas que atrapalham a rotina. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), quase 100% das mulheres e 94% dos homens têm dores de cabeça predominantes ao longo da vida. Outras pesquisas ainda mostram que 13 milhões de brasileiros sofrem com a dor por, pelo menos, 15 dias por mês.
As causas são as mais diversas e, de acordo com a terapeuta especializada em Terapias Integrativas e idealizadora do método “Procure Cicatrizes”, Dalila Machado, quase sempre as dores podem ter ligação com o emocional, como sentir-se desvalorizado ou impotente em relação a algum problema.
Vem saber mais sobre os tipos de dores de cabeça e o que cada uma pode significar emocionalmente.
Dor de cabeça frontal:
Medo de enfrentar algum problema que já é conhecido, como algo pelo qual a pessoa vivenciou em algum momento da vida e não quer passar por isso novamente. Medo de tomar atitudes, de lidar diretamente com alguém ou ouvir que é incapaz.
Dor na nuca:
Insegurança ou medo do desconhecido, como quando é preciso enfrentar algum problema pela primeira vez. Querer tomar uma atitude e desistir por medo do que pode acontecer, medo de arriscar, tomar uma ‘facada nas costas’ e levar um susto.
Dor na região parietal (Parte lateral-superior):
Quando passa por situações que relembram algum trauma, como, por exemplo, ser chamado de burro e relembrar o bullying que sofria na escola, ou ter sofrido assédio em algum ambiente específico e precisar ir até aquele local novamente ou a algum lugar parecido.
Outras causas emocionais que podem dar origem ao incômodo
Razão: quando resolve um conflito baseado no lado racional, sem ponderar as emoções.
Dúvida: o remoer de algum assunto pode levá-lo a se questionar frequentemente e a pensar demasiado na situação. A cabeça e, consequentemente, o lado racional subjuga o seu corpo e a sua vida.
Orgulho: por receio de ser dominado, não gosta que pessoas autoritárias controlem aquilo que faz, nem permite ser controlado por elas.
Perfeccionismo: autocrítica exacerbada criando auto pressão pelo desejo da perfeição.
Vitimização: colocar-se num papel de vítima das situações e de inatividade perante a mudança de velhos padrões.
Negação: quando o conflito é evitado por não aceitar pensamentos, sentimentos, impulsos, desejos ou situações que, de forma consciente, são insuportáveis para si.
COMO LIDAR COM AS DORES?
No geral, quando não há diagnóstico físico, as dores envolvem conflitos internos, que devem ser trabalhados de dentro para fora. “É preciso entender que a fase de resolução do conflito pode ser dolorosa, ou seja, a dor pode ficar mais pulsátil e, com o tempo, diminuir até cessar”, explica Dalila, que lista as dicas ao lado.
RESSIGNIFIQUE A ORIGEM DO PROBLEMA
É necessário trabalhar os conflitos internos, trilhando toda a sua história para entender quando isso começou e ressignificar a dor em um processo de autocura, pois todos os recursos necessários para cessar as dores estão dentro de cada um. Entender que não é sua culpa, que o problema não pode ter tanto impacto em sua vida e verbalizar que ele já foi embora são partes importantes desse tipo de terapia.
PRATIQUE MEDITAÇÃO
Cada caso pode envolver um tipo de meditação, mas, de maneira geral, sente em um local confortável e, com a coluna ereta, inspire e expire com tranquilidade, concentrando sua atenção nisso. Encontre um ponto dentro de si, como o ventre ou o peito, e sinta esse local calmo, sem medo, sem julgamentos, como um lugar acolhedor infinito. Permaneça assim por 10 minutos.
FAÇA EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA
Coloque a mão próxima ao umbigo e inspire pelo nariz até o fim, expandindo pulmão e abdômen. Retenha o ar por dois segundos e, depois, expire lentamente pela boca, esvaziando completamente o pulmão e o abdômen.