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Reajustes abusivos: planos de saúde coletivos perdem 60% das ações judiciais

Pesquisas mostram que 6 em cada 10 ações judiciais contra planos de saúde coletivos resultam em decisões desfavoráveis para as operadoras

Beatriz Caroline Men
por Beatriz Caroline Men

Publicado em 19/09/2024, às 12h00

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Reajustes abusivos: planos de saúde coletivos perdem 60% das ações judiciais - Freepik
Reajustes abusivos: planos de saúde coletivos perdem 60% das ações judiciais - Freepik

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que os planos de saúde coletivos enfrentam uma alta taxa de perda em ações judiciais relacionadas a reajustes abusivos. De acordo com a pesquisa, cerca de 60% das ações movidas contra essas operadoras resultam em decisões desfavoráveis para elas.

O levantamento destaca que, com o aumento dos custos médicos e a busca por reajustes significativos, muitos consumidores têm recorrido à justiça para contestar valores considerados excessivos. Essa tendência tem gerado uma onda de insatisfação entre os beneficiários, que se sentem pressionados a arcar com custos que não condizem com os serviços prestados.

Além disso, o estudo aponta que os planos coletivos, que muitas vezes são oferecidos por empresas a seus funcionários, têm se tornado um foco de litígios, principalmente por conta da falta de clareza nas cláusulas contratuais e nas regras de reajuste.

Qual atitude tomar? 

As pessoas que utilizam planos de saúde coletivos e se sentem insatisfeitas com os reajustes ou com o atendimento podem adotar algumas medidas:

  • Revisar o contrato: Ler atentamente as cláusulas do contrato do plano de saúde para entender os direitos e as regras sobre reajustes.
  • Comparar planos: Pesquisar outras opções de planos de saúde disponíveis no mercado para verificar se há alternativas mais vantajosas.
  • Documentar reclamações: Registrar todas as interações com a operadora, como e-mails e telefonemas, especialmente se houver problemas com reajustes ou serviços.
  • Buscar informação: Acompanhar notícias e informações sobre mudanças na legislação que possam impactar os planos de saúde e os direitos dos consumidores.
  • Reclamar formalmente: Caso considere que o reajuste é abusivo, registrar uma reclamação formal junto à operadora e, se necessário, à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
  • Procurar apoio jurídico: Consultar um advogado especializado em direito do consumidor ou em saúde para avaliar se há base para uma ação judicial.
  • Participar de grupos de consumidores: Juntar-se a associações ou grupos de defesa do consumidor que podem oferecer suporte e informações adicionais.
  • Negociar com a empresa: Se o plano é oferecido pela empresa, conversar com o departamento de recursos humanos para discutir opções ou melhorias nas condições do plano.

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