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O maior segredo é não deixar a peteca cair!

O câncer deprime e dá margem a problemas psicológicos. Aprenda como manter as emoções saudáveis

Patricia Gebara Publicado em 17/11/2015, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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SAUDE PETECA 994 - ISTOCK
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Não há como receber um diagnóstico de câncer de mama sem se abalar. Passa tudo pela cabeça: a perda do cabelo, o medo da cirurgia, da morte. Apesar de normal, os sentimentos negativos precisam ser combatidos, caso contrário eles podem virar um empecilho na luta contra a doença. A seguir, veja conselhos de especialistas e de quem já passou por isso.

Afaste o desespero

  • Evite falar da doença para pessoas de fora da sua família ou do círculo de amizades. Reações exageradas podem afetar seu equilíbrio emocional.
  • Procurar informações na internet é péssimo! Nesse mundo de informações, tem bastante coisa boa, mas também tem muita mentira que assusta.
  • O apoio da família é essencial! Conte com eles sempre, em todas as horas.
  • Nada de achar que a vida acabou. Converse com o médico sobre o tratamento e enfrente essa batalha.
  • Tenha em mente que o câncer tem tratamento e você vai sair dessa! 
  • O cabelo volta a crescer, os seios podem ser reconstruídos e sua autoestima, também!
  • Fácil não é, mas há muitas mulheres que superaram a doença e estão na ativa. Que tal entrar em contato com elas? Grupos nas redes sociais são ótimos para novas amizades. 
  • Psicólogo, família, amigos... O que importa é você se sentir acolhida! (Na página ao lado, confira alguns grupos de apoio)

Cris Gerevini, empresária, de 59 anos

“Nesse momento, o que a gente mais precisa é de apoio”

“Tive câncer de mama aos 30 anos. O tumor foi bem agressivo, então optei pela mastectomia total e fiz quimioterapia. Descobri durante um autoexame, o que foi determinante. Engraçado que eu nunca pensei que fosse morrer, mas é muito difícil estar nessa situação. Contar para as pessoas é uma tortura, já que a maioria pressupõe que você vai morrer e, claro, isso não ajuda! Eu, que já fazia terapia antes, continuei e foi bom. Mas passei por muitos profissionais que não sabiam lidar com a doença. Quem mais me ajudou foi meu anjo da guarda, uma mulher mais jovem, que estava nove meses à frente no tratamento. Ela sempre dizia: ‘Cris, eu sou você no futuro’. E eu ficava muito feliz, porque seu cabelo havia crescido e ela retomou a vida. Casou, teve filhos... Como eu sou muito positiva, meu médico me chamava para ajudar outras pacientes. Já dei palestras e procuro mostrar a verdade. Há horas difíceis, mas elas não se sobrepõem às felizes. Nesse momento, o que a gente mais precisa é de apoio. Mensagens positivas, alegria e alguém para nos ouvir.” 


Ajuda mútua 

A recuperação é lenta, mas pode se tornar mais leve com grupos de apoio e uma forcinha de profissionais. Conheça instituições gratuitas: 
  • Associação dos Amigos da Mama (Adama) – adama.org.br  Em Niterói (RJ), há uma equipe voluntária composta por psicólogos, fisioterapeutas e também mastologistas. 
  • Grupo Rosa e Amor –gruporosaeamor.org.br Presente em Valinhos (SP) e região, acolhe mulheres que têm ou já tiveram a doença. Oferece atividades para a mente, ajuda de profissionais e muita confraternização. 
  • Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) –  femama.org.br Tem organizações em todas as regiões do país. O objetivo é conscientizar sobre a doença.