O implante dentário é o que há de mais avançado para devolver a autoestima e o bem-estar de pessoas que perderam algum dente. Os benefícios são enormes, pois, além de melhorar a estética facial, o tratamento ainda devolve a função mastigatória, imprescindível para a boa saúde. A técnica é arrojada e envolve alta tecnologia, porém a boa notícia é que, se antes era considerado um método elitizado, agora ele está bem mais acessível.
No entanto, ainda há tabus e inverdades propagados sobre o assunto. Para esclarecer o que é fato e o que é fake, a equipe de cirurgiões-dentistas da S.I.N. Implant System explica tudo sobre o tema.
1. QUALQUER PACIENTE PODE RECEBER UM IMPLANTE
MITO: antes de tudo, o especialista deve solicitar exames de imagem para avaliar a condição óssea, o espaço entre os dentes, a abertura da boca, assim como o estado geral clínico do paciente. “Esses dados vão indicar se o indivíduo está apto a se submeter ao procedimento”, explica Fabio Bezerra, doutor em Biotecnologia. A conduta é necessária, sobretudo, após um longo período sem o dente, o que pode desencadear reabsorção óssea.
2. DÁ PARA FAZER IMPLANTES DENTÁRIOS SEM CORTE?
MITO: há uma técnica reconhecida como implante sem cortes ou cirurgia guiada, em que a incisão na gengiva é feita com o máximo de previsibilidade, diminuindo o trauma e o sangramento. “No entanto, é realizado um corte bem pequeno na região”, diz a doutora em Implantodontia, Bruna Ghiraldini. São necessárias avaliações clínica e tomográfica para checar se a pessoa está apta ou não para receber o tratamento.
3. COLOCAR IMPLANTE DENTÁRIO DÓI
MITO: graças aos anestésicos, o paciente não sente nenhuma dor, garante Bruno Candeias, especialista em Periodontia. Entretanto, é possível sentir algum desconforto logo depois do procedimento. Para isso, o cirurgião- dentista prescreve o uso de analgésicos ou anti-inflamatórios.
4. O IMPLANTE PODE SER REALIZADO NO MESMO DIA DA PERDA DENTÁRIA
VERDADE: quando em condições ideais, ele não só pode como deve ser instalado no mesmo dia, pois, assim, é possível preservar melhor as estruturas ósseas dos pacientes.
5. APENAS IDOSOS DEVEM FAZER IMPLANTE
MITO: o procedimento é recomendado para pessoas que perderam um ou mais dentes, em qualquer faixa etária: após os 17 anos para as mulheres e depois dos 18 para os homens. “Mas pode haver variações de pessoa para pessoa”, explica Fabio Bezerra.
6. O IMPLANTE NÃO PODE SER FEITO EM GENGIVAS INFLAMADAS
VERDADE: “a falta de higiene e bactérias presentes na região bucal podem levar à inflamação, impossibilitando o tratamento”, explica Bruno.
7. PESSOAS COM DIABETES NÃO PODEM FAZER IMPLANTE DENTÁRIO
MITO: pacientes diabéticos e com outros problemas de saúde podem ter restrições, conforme explica Bruna Ghiraldini. Mas há exceções. “Exames laboratoriais vão indicar o nível glicêmico, no caso dos diabéticos. Se a taxa estiver controlada, é possível receber implantes, desde que tomados os cuidados necessários.”
8. O CORPO PODE REJEITAR UM DENTE IMPLANTADO
MITO: isso não acontece porque o titânio, material usado na fabricação do implante, é biocompatível, integrando-se ao osso facilmente. “Contudo, a falta de qualidade óssea, além de dificuldades mecânicas em relação à prótese ou complicações no pós-operatório são fatores que podem comprometer o sucesso do procedimento”, explica Fabio.
9. PESSOAS SEM MUITA MASSA ÓSSEA PODEM RECEBER UM IMPLANTE
VERDADE: nesse caso, é preciso que seja feita uma cirurgia de enxerto ósseo para adequação da estrutura para o implante.
10. DÁ PARA FAZER IMPLANTE DE TODOS OS DENTES
VERDADE: “É possível a colocação de todos os dentes utilizando apenas quatro implantes”, conta Fabio Bezerra. Existem próteses fixas que possibilitam a fixação de três dentes, um ao lado do outro, com apenas dois implantes. O cirurgião- dentista é quem fará a avaliação e indicação mais adequada ao paciente.
11. PODE-SE FAZER CARGA IMEDIATA EM QUALQUER CASO
MITO: a técnica que consiste na colocação da coroa (que imita o dente natural) apenas 48 horas após a cirurgia de instalação dos implantes não é válida para qualquer pessoa. “Fatores como o travamento dos implantes na hora da cirurgia, quantidade e qualidade óssea, estado geral de saúde e colaboração do paciente são fatores determinantes para a realização do método, otimizando o tempo do tratamento”, explica Bruna.