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Inverno x Crises alérgicas: saiba como cuidar de rinites e sinusites durante o frio

Temporada de baixas temperaturas são propícias para problemas respiratórios

Da redação Publicado em 08/08/2023, às 08h00

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Veja dicas para prevenir crises alérgicas no inverno - Unsplash
Veja dicas para prevenir crises alérgicas no inverno - Unsplash

O inverno já começou e aos poucos as temperaturas vão caindo. Com isso, o clima fica propício para o surgimento de crises alérgicas, como rinites e sinusites. Mas, afinal, você sabe como cuidar desses problemas durante a temporada de frio?

Está aberta a época de narizes entupidos, coriza, dificuldades respiratórias, pacotes de lencinho na mochila e muita necessidade de informação para encontrar bem-estar nas condições mais severas trazidas pelo inverno e mudanças bruscas de temperatura.

Especialistas explicam para a AnaMaria Digital quais são as principais características das doenças respiratórias mais comuns e oferecem dicas preciosas para ficar bem durante o período mais frio do ano.

RINITES

Alérgicas ou não alérgicas, as rinites atormentam o cotidiano das pessoas que convivem com essa condição e, muitas vezes, atrapalham até o convívio social, em função dos seus sintomas. "Obstrução nasal, coriza, espirros e coceira, que ocorrem juntos ou isolados, em maior ou menor intensidade e frequência", resume Maura Neves, otorrinolaringologista pela USP.

Ela explica que esses sintomas podem variar de acordo com a causa da rinite. "A rinite é uma inflamação do nariz. Pode ser alérgica, causada por reatividade do sistema imunológico a determinadas substâncias, ou não alérgica, cujas causas podem ser hormonais, medicamentosas ou vasomotoras", diz.

SINUSITE

Essa condição climática de baixa temperatura e baixa umidade também "favorece" o aumento de casos de sinusite. Diferente das rinites, a sinusite tem como causa uma infecção por vírus ou bactéria.

Essa infecção atinge os seios da face, que são cavidades cheias de ar no interior dos ossos ao lado do nariz ou nas maçãs do rosto, provocando sintomas inconvenientes, como dor de cabeça, sensação de peso no rosto, congestão nasal, secreção nasal, redução do olfato, dor nos dentes superiores e febre, como afirma Roberta Pilla, membro da diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORLCCF).

Uma outra condição possível, segundo ela, é a sinusite crônica, que causa uma inflamação mais persistente, podendo chegar a mais de 12 semanas, estimulada também por bactérias ou mesmo por questões alérgicas ou problemas anatômicos nasais.

RINOSSINUSITE

Embora não seja tão conhecida, ela é uma inflamação nasossinusal comum, que envolve a inflamação tanto da mucosa nasal quanto dos seios paranasais. Ela pode ser dividida em dois tipos principais: rinossinusite aguda e rinossinusite crônica.

"A rinossinusite aguda é caracterizada por uma inflamação aguda e temporária da mucosa nasal e dos seios paranasais, geralmente como resultado de uma infecção viral ou bacteriana. Os sintomas incluem congestão nasal, dor facial ou de cabeça, secreção nasal espessa, febre, fadiga e diminuição do olfato", enumera Carla Falsete, otorrinolaringologista geral e pediátrica.

FRIO x DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

É na época de temperaturas baixas que há maior circulação de vírus, poluentes e alérgenos. "Associado a isso, o frio ainda faz com que busquemos locais fechados e, assim, aumentamos a possibilidade de contágio com essas doenças infecciosas", observa Maura.

Carla, por sua vez, lembra a influência sazonal das alergias. "Nessa época do ano, por exemplo, há maior presença de ácaros e fungos, o que pode desencadear ou agravar os sintomas alérgicos. Além disso, o sistema imunológico pode ser afetado negativamente pelo clima", complementa.

COMO CUIDAR?

1. LAVAGEM NASAL: É uma das melhores medidas preventivas e terapêuticas para quadros de rinite e sinusite é a lavagem nasal com solução salina ao menos duas vezes por dia. Remove tanto as partículas que podem desencadear as rinites, quanto microrganismos que possam determinar infecções, além de remover as secreções que pioram a obstrução nasal.

2. XÔ, ALÉRGENOS: É importante identificar os alérgenos que desencadeiam as crises de rinite de cada um e tentar evitá-los. Isso pode incluir evitar ambientes com poeira, pelos de animais, ácaros e mofo, fumaça, sprays de limpeza, perfumes fortes.

3. AMBIENTES AREJADOS: Manter a casa bem ventilada, com as janelas regularmente abertas, para permitir a circulação de ar fresco. É bem-vindo evitar ambientes muito fechados e com muitas pessoas.

4. MANUTENÇÃO DO AR CONDICIONADO: Os filtros devem ser higienizados rotineiramente. Observar a temperatura, evitar mudanças bruscas e temperaturas extremas. Conferir o controle da umidade do ar: se o tempo estiver seco, pode-se usar umidificadores e purificadores de ar. Vale fazer a manutenção do ar condicionado em casa e também no carro.

5. HIGIENE: Recomenda-se evitar uso de aspirador de pó e priorizar a limpeza com panos úmidos, além de remover fatores que eventualmente podem desencadear o quadro, como pó, ácaros, pelos de animais e cheiros fortes. Lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar desinfetante para as mãos também ajuda a conter a propagação de germes e infecções respiratórias.

6. VACINAS: As vacinas disponíveis contra gripe e COVID-19 são importantes como mais uma forma para bloquear as doenças respiratórias.