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Diz aí, Susana: Ninguém brilha sozinho!

“Preciso respeitar o personagem que estou fazendo para fazer o papel direito!”

Redação Publicado em 26/11/2015, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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995 - Rodrigo Lopes
995 - Rodrigo Lopes
Eu tenho o privilégio de trabalhar com muita gente incrível, mas hoje posso dizer que os meus maiores ídolos são os autores de novela. Já pensou o quanto eles são criativos diariamente? Eles lidam com tantas histórias ao mesmo tempo! E isso com restrições e regras impostas (a gente sabe que não podem escrever tudo o que pensam, né?). É diferente de escrever um livro. Para isso, basta sentar e colocar as ideias no papel – e não estou dizendo que é fácil, hein? Mas a novela é ainda mais difícil. 
Ela é contada durante oito meses e são 30 páginas por capítulo! Já imaginou ter criatividade para tudo isso todos os dias por um período prolongado? Fico pensando como um autor é capaz de escrever sobre tantos papéis ao mesmo tempo e fazer o telespectador sentir, em casa, todas aquelas emoções de um ser humano comum. É uma profissão muito bonita levar esses sentimentos para a casa das pessoas todas as noites.
Falando em escritores, uma das pessoas que mais admiro e com quem tive a sorte de trabalhar várias vezes é o Miguel Falabella. Tem muita gente talentosa que conheci nesses anos de carreira, mas é muito legal ver um cara que tem talento em vários setores, como é o caso do Miguel. Ele escreve com alegria nas peças e nos seriados que faz. Toca em pontos que são frágeis na alma de todos nós de um jeito leve e engraçado. Tem coisa melhor que isso? Que sorte eu tenho de conviver com uma pessoa assim!
O nosso papel como ator também é importante: a gente precisa ler o texto sem críticas e se abrir para aquele personagem. Se eu ficar julgando a postura da Adisabeba em A Regra do Jogo, por exemplo, ou querendo transformá-la no que eu acho que seria melhor, vou conseguir fazer o papel direito? De jeito nenhum. Preciso respeitar o personagem que estou fazendo e tudo o que há por trás dele. Nesse tempo todo, aprendi uma coisa importante: a trabalhar em grupo. Eu não brilho sozinha! Preciso de muita gente – desde quem escreve o texto que vou interpretar, até os maquiadores, cabeleireiros... É essa harmonia da equipe que faz com que tudo fique bem feito.
E tem outra parte do meu trabalho que é importantíssima: o público! Preciso agradecer a Deus por ter uma ocupação tão cheia de riquezas. Já imaginou a bênção que é receber um “Deus te proteja” na rua, de uma pessoa que não conheço, não é da minha família e mesmo assim quer o meu bem?




PS: Tenho boas histórias com colegas que também são meus ídolos – cada situação engraçada e boa de lembrar... mas isso é assunto para uma próxima coluna, ok?