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Diz aí, Susana!: A escolha da carreira

“Foi minha mãe que despertou em mim o desejo de atuar”

Redação Publicado em 11/12/2015, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Esses dias eu tenho pensado na influência que a criação tem no que a gente vai fazer profissionalmente. Já pensou nisso? Eu penso desde criança, quando estudava balé clássico e tinha paixão por ser bailarina. Aliás, acho que é uma forma linda de arte: você domina o corpo com disciplina, perfeição, leveza. Nessa época, eu só pensava nisso! Tenho cá para mim que a bailarina é uma atriz que dança. Cada movimento que se faz no palco, por mais que sinta dores nas pernas, é feliz e bonito e leva o público para viajar. 
Acho que além do fato de os meus pais terem me colocado para estudar dança, mais gente da minha família também participou indiretamente do meu desejo por ser artista. Isso passa de geração em geração mesmo! Explico: meus avós maternos (o Braulino e 
a Sara) tocavam música clássica. Eles trabalhavam no cinema em Minas, onde moravam, fazendo ao vivo a trilha sonora dos filmes mudos. Imagina que coisa linda? E levavam minha mãe e minhas tias para assistir – elas ficavam ali, sentadinhas, curtindo aquela magia.
É dessa época o fascínio da minha mãe pelo universo artístico. Desde que eu era criança me lembro dela contando sobre os ídolos. Foi o que despertou em mim o desejo de representar. Mas, por causa do universo da música de meus avós, acabei enveredando para a dança antes. Só depois é que decidi atuar...
Estou contando tudo isso porque fazendo a última coluna lembrei da Marília Pêra e do medo que senti de contracenar com ela a primeira vez que gravamos. Nossa Senhora! Pensei: preciso dar para ela tudo que ela está me entregando nessa cena. Marília tem muitos recursos, ela é filha de artistas e se atreve em todos os cantos. Tem disciplina, rigor. Admiro esse jeito que ela tem de trabalhar. 
Aí fico pensando sobre a influência que a gente tem sobre as escolhas das crianças que a gente cria. Será que se meu avô não trabalhasse com música e minha mãe não tivesse me contado as histórias do cinema, meu talento teria sido despertado? Será que Marília Pêra teria outra profissão? E o que será que a gente pode fazer pelos nossos filhos e netos para que eles encontrem uma ocupação que os faça felizes como a minha me faz? São reflexões que devemos fazer todo dia para criá-los prontos para encarar o futuro da melhor maneira!


PS: Lógico que ouvir boa música em casa e assistir bons filmes, novelas e séries influencia positivamente, né?