Caso Ingrid e Leandro: entenda mais sobre disfunção erétil psicológica

Após o episódio de reencontro no programa "Casamento às Cegas", disponível na Netflix, o caso de Leandro se tornou um dos assuntos mais comentados na internet. A revelação de sua disfunção erétil psicológica gerou intensa discussão, destacando os desafios enfrentados por muitos casais. Esse evento não só revisitou questões sobre saúde sexual masculina, mas ressaltou a importância de abordar o tema com sensibilidade e informação adequada. 

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AnaMaria conversou com o sexólogo e biomédico, Vitor Mello, que revelou mais sobre a disfunção erétil psicológica e seus tratamentos. Confira:

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O que é a disfunção erétil psicológica? 

A disfunção erétil psicológica, também conhecida como disfunção erétil psicogênica, é uma condição cuja origem está profundamente enraizada em questões emocionais.

Geralmente, está associada a traumas emocionais passados, intensa ansiedade experimentada pelo paciente ou problemas pessoais do parceiro(a) que o afetam negativamente, gerando ansiedade significativa antes ou durante o ato sexual. Além disso, mudanças abruptas no estado emocional, períodos prolongados de estresse ou dificuldades emocionais no relacionamento também podem desempenhar papel determinante no acontecimento (ou não) da ereção.

"Quando os homens percebem que a realidade não corresponde às suas fantasias, podem sentir frustração. Questões emocionais fora da relação sexual também podem impactar a função erétil, funcionando como sintomas de problemas emocionais mais amplos", aponta Vitor. 

Sintomas da disfunção erétil psicológica: 

A identificação de que a disfunção erétil tem causas psicológicas geralmente envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas e das circunstâncias em que ocorrem as dificuldades de ereção. Aqui estão alguns pontos-chave para descobrir se a disfunção erétil está relacionada a questões psicológicas:

• Ereções matinais normais;
• Ereções noturnas normais;
• Ereções normais em resposta à observação ou estímulo físico;
• Dificuldade em manter a ereção durante o intercurso sexual;
• Perda da ereção durante a relação sexual;
• Ansiedade intensa durante a relação sexual ou na fase pré-relacional;
• Ansiedade que impede uma ereção completa ou a conclusão do ato sexual.

Tratamentos para a disfunção erétil psicológica

O diagnóstico e o tratamento da disfunção erétil psicológica andam juntos. Por isso, diante dos sintomas, é essencial buscar a orientação de um especialista qualificado, como um psicólogo, andrologista ou terapeuta sexual. Este profissional realizará uma investigação completa, abrangendo diversos aspectos:

• Verificação de ereções em outras situações: o especialista irá verificar se o paciente é capaz de ter ereções normais em outras circunstâncias além da relação sexual, como durante a masturbação ou em momentos de estimulação visual, ou física. Isso ajuda a distinguir se a disfunção erétil é específica para o contexto da relação sexual.
• Exames hormonais: exames laboratoriais para medir os níveis de testosterona e outros hormônios relacionados à função sexual podem ser solicitados para descartar causas hormonais da disfunção erétil.

• Avaliação da saúde cardiovascular: problemas de ereção podem ser um sintoma precoce de doenças cardiovasculares, portanto, é importante verificar a saúde cardiovascular do paciente durante a avaliação inicial.

• Anamnese detalhada: um histórico clínico detalhado será obtido para identificar fatores emocionais, estressores externos, eventos traumáticos passados, problemas de relacionamento ou qualquer outra questão psicológica que possa estar contribuindo para a disfunção erétil.

Ao combinar esses elementos da avaliação, o especialista será capaz de formular um diagnóstico preciso da disfunção erétil psicogênica ou não. 

Isso permitirá o desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado que pode incluir terapia psicológica, intervenções comportamentais, aconselhamento de casal ou outras abordagens específicas para abordar as causas emocionais subjacentes à disfunção erétil.

"O tratamento envolve uma combinação de terapias psicológicas, como a terapia cognitiva comportamental e, em alguns casos, a psicanálise. Identificar e tratar os problemas emocionais ou de relacionamento que possam estar contribuindo para essa disfunção erétil", afirma Vitor.

• A terapia cognitiva comportamental foca em identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos associados que contribuem para a disfunção erétil. Ela ajuda o paciente a desenvolver habilidades para lidar com a ansiedade de desempenho, enfrentar medos relacionados ao sexo e melhorar a autoconfiança durante a atividade sexual.
• A psicanálise foca na exploração das raízes psicológicas mais profundas do problema, como experiências passadas, relações familiares e dinâmicas inconscientes que podem impactar negativamente a função erétil.

Em qualquer caso, o acompanhamento por um profissional de saúde mental experiente, como um psicólogo especializado em sexualidade ou um terapeuta sexual, é essencial para fornecer apoio adequado e um plano de tratamento personalizado que leve em consideração as necessidades individuais e contextuais do paciente.

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