Infelizmente, a grande maioria dos tutores deposita nos cães uma necessidade humana e pessoal: a de tomar banho. A verdade mesmo é que os cães não precisam tomar banho, a não ser aqueles que estejam passando por algum tratamento específico de pele. O banho frequente remove a barreira de proteção natural da pele e pode trazer diversas dermatopatias ao animal.
O que acontece é que os humanos se esquecem da natureza do animal. Um cão de vida livre não tomaria banho toda semana ou todo mês. Como nós domesticamos a espécie e trouxemos eles para uma convivência cada vez mais próxima, o pet não só passou a habitar dentro de casa como também passou a subir no sofá, cama… Por isso, o tutor passou a enxergar o banho como prioridade no manejo.
Dentre os argumentos mais falados, estão o cheiro ruim e o acúmulo de sujeira das patas e partes íntimas. Com relação ao cheiro, isso é bem relativo. Um cão não é para ter aroma perfume. Ele precisa ter cheiro de cão! E o cheiro de um cão com pele saudável não é fedido, apenas não é perfumado como o tutor gostaria.
Com banhos frequentes e a predisposição a problemas de pele, o animal pode começar a exalar odor ruim, sim, e uma coisa vai levando à outra, até atingir esse ciclo que faz bastante mal para ele.
Sobre a limpeza das patinhas e partes íntimas, é possível realizar sem precisar submeter o animal ao banho. Lenços umedecidos hipoalergênicos próprios para a espécie e sem cheiros podem ser usados. Com relação aos cães de raças peludas, a escovação diária ajuda a manter a pelagem limpa – também pode ser feito um manejo com tosa higiênica nas patas e partes íntimas pra postergar o máximo possível o banho.
Quando o banho estaria indicado?
Quando o cão estiver realmente sujo por ter rolado na lama, fezes, tinta… Caso contrário, não existe real necessidade. Se mesmo assim, você ainda sente-se incomodada em não dar banho no animal, sugiro que, pelo menos, dê um intervalo de um mês entre um banho e outro no seu cãozinho.