Descubra como os animais podem ser aliados poderosos nos tratamentos médicos e, especificamente, os cães para tratar ansiedade e outras condições!
Redação Publicado em 17/09/2024, às 15h00
Você sabia que os cães podem ajudar na assistência emocional? Esses animais podem auxiliar no tratamento da ansiedade e outras condições de saúde! Entenda a relação dos cães para tratar ansiedade e outras doenças!
Para ter um cãozinho como aliado no tratamento de algumas condições é importante passar por uma avaliação de especialistas que irão conferir a aptidão tanto do paciente quanto do animal. Caso seja indicado um tratamento com o pet, o paciente e o cachorro precisam passar por uma preparação.
Além de um amigo fiel, os cães para tratar ansiedade e outras condições podem ajudar em diversas tarefas, as mais simples incluem levar a medicação para o tutor e ajudar em episódios agudos como crises de taquicardia ou respiração acelerada. Ele também pode alertar para evitar crises mais graves.
É importante destacar que existem diferentes tipos de animais de suporte que podem ajudar nas mais diversas condições de saúde. Os principais são os de serviço, como os cães-guias; os de assistência emocional, que auxiliam em crises de ansiedade e depressão; e os de terapia, que visitam hospitais e ajudam em fisioterapias, entre outras funções.
"Animais de serviço são treinados para realizar tarefas específicas. Por exemplo, o cão-guia ajuda pessoas com deficiência visual, enquanto o cão psiquiátrico é treinado para perceber crises de ansiedade", explica Ingrid Atayde, médica veterinária e psicóloga, em entrevista para a Folha de São Paulo.
Não é novidade que nas redes sociais os animais fazem sucesso. No caso dos cães para tratar ansiedade e outras doenças, os tutores compartilham suas rotinas com os pets e atraem seguidores.
No TikTok, uma família norte-americana fez sucesso ao compartilhar a rotina de seu cão de serviço treinado para detectar alterações na glicemia (concentração de glicose no sangue) da filha com diabetes. Em um dos vídeos, o cachorro avisa os pais quando a glicose dela sobe muito durante o sono.
O pet da raça labrador chamado Spy tem como função acompanhar os níveis altos e baixos de açúcar no sangue da criança, que possui diabetes tipo 1. O animal dorme com a menina e, certo dia após a criança adormecer, ele percebeu algo fora do comum. Assim, o cão foi até os pais da menina para avisá-los.
Em sinal de alerta, o labrador abanava freneticamente o rabo. Os pais logo entenderam o recado e correram até o quarto para ver a filha. Assim, eles constataram que o animal estava correto e, com isso, tomaram as medidas necessárias. Veja o vídeo na íntegra abaixo:
@diabetes_sem_medida Um cachorro da raça labrador chamado Spy foi treinado para ser cão de serviço. Sua função é detectar os níveis altos e baixos de açúcar no sangue de sua tutora, uma criança, que possui diabetes tipo 1. O pet dorme com a menina e, há poucos dias, após a criança adormecer, ele percebeu algo fora do comum. Mais do que depressa, foi até o primeiro piso, onde os pais da menina estavam, para avisá-los. Em sinal de alerta, o labrador abanava freneticamente o rabo; os pais logo entenderam o recado e correram até o quarto para ver a filha. O casal tentou medir a glicemia (concentração de glicose no sangue) da criança, porém o Dexcom, que é um sistema de monitoramento de glicose, ainda estava aquecendo, então eles não conseguiram obter a leitura imediatamente. O curioso é que uma hora antes, os pais tinham dado insulina a ela e feito uma troca na bomba de insulina, o que faria o casal imaginar que o doguinho estivesse enganado. Porém, eles decidiram ouvir Spy, pois sabiam que ele não os chamaria sem motivo, e quando finalmente fizeram a leitura, a glicose da pequena estava muito alta. O QUE VOCÊ ACHOU SOBRE ISSO?#direitosdisdiabeticos#diabetes#diabetico#diabetessemmedida♬ som original - Diabetes_sem_medida
A médica veterinária explica que nem todos os cães estão aptos a ser treinados para serviços especializados. “Algumas raças, como labradores e golden retrievers, têm mais chances de serem treinadas para essas funções. Porém, dentro dessas raças, apenas uma parte dos cães tem a aptidão necessária,” afirma Atayde.
Para Patrícia Muñoz, doutora em psicologia experimental pela USP e diretora clínica do Centro de Psicologia, Pesquisa e ABA em Houston, os cães de assistência emocional proporcionam apoio psicológico significativo. “A presença do animal já pode causar uma redução no cortisol, promovendo uma sensação de calma e conforto para quem enfrenta a ansiedade ou depressão. Cuidar do animal também traz um sentido de responsabilidade e bem-estar”, explica ela à Folha.
Além dos benefícios emocionais e psicológicos, um estudo internacional de 2019 revelou que ter um cães para tratar ansiedade e outras questões de saúde pode estar associado a uma redução de 24% na mortalidade precoce por qualquer causa.
Para aqueles que já haviam sofrido um infarto ou um derrame, a presença de um cachorro mostrou benefícios ainda mais significativos, com uma probabilidade 31% menor de falecer por doenças cardiovasculares.
Outro estudo complementou esses achados, indicando que donos de cães que moram sozinhos apresentam um risco 33% menor de morte após um ataque cardíaco e 27% menor após um derrame.
A American Heart Association também destaca os benefícios dos cães para a saúde cardiovascular, afirmando que pessoas que passeiam regularmente com seus pets têm um terço do risco de diabetes em comparação com aquelas que não possuem um cachorro. “Levar o cão para passear pode significar até 30 minutos a mais de exercício por dia, o que pode contribuir para a perda de peso e melhora geral na saúde”, comenta a associação.
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