MC Bin Laden abriu o coração sobre seu passado em conversa com Raquelle e Michel no BBB 24, na última quinta-feira (18). Ele foi adotado aos 18 anos por uma pastora evangélica após muitos anos se sentindo rejeitado. Na época, a igreja que a mãe pregava esvaziou devido aos julgamentos.
O assunto veio à tona quando o professor de geografia perguntou se a mãe do funkeiro havia sofrido com sua profissão. “Minha mãe é pastora. Ela me adotou, a igreja esvaziou. Na época, a galera ficou revoltada. Fui adotado com 18 para 19 anos”, respondeu Bin.
Ele continuou, em menção à importância de Mariza Ventura em sua vida: “Minha mãe que me adotou, que me curou essa parada. Quando você cresce rejeitado pela sua família e vem uma mulher preta, pastora, a família com todo mundo evangélico e eu funkeiro, cheio de revolta, cheio de mágoa, cheio de tristeza, cheio de ódio. Deixei quieto esse bagulho de rejeição”.
Raquelle e Michel ficaram surpresos ao ouvirem a história por trás do sucesso ‘Tá Tranquilo, tá favorável’, ao que a doceira chegou a derramar lágrimas. Confira o vídeo do relato completo:
“Minha mãe que me adotou me cura essa parada. Quando vce cresce rejeitado por sua família…” (Bin Laden) #BBB24 pic.twitter.com/QmYRnFW4h9
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) January 18, 2024
VIDA NO CRIME
MC Bin Laden surpreendeu ao revelar que, antes de alcançar a fama, considerou entrar para o tráfico em um período de extrema dificuldade em sua vida. Em entrevista ao podcast G1, em dezembro de 2022, o participante do BBB 24 compartilhou seu passado difícil.
“Eu quase entrei pro tráfico. Passava muita fome, muita dificuldade, e eu pedi para entrar com a rapaziada. Eu já cantava uns funks, normalmente a gente fazia a alegria da rapaziada e o pessoal falou ‘pô, mano, não entra não’. Vocês são os caras que fazem a alegria pra gente”, relembrou.
A trajetória de MC Bin Laden envolveu a expulsão de casa aos 12 anos, levando-o a morar com o pai. Enfrentando desafios financeiros, o cantor abandonou os estudos no oitavo ano do ensino fundamental para buscar sobrevivência em São Paulo. “Trabalhei na 25 de março, vendia tênis. Foram ciclos que eu tive, mas são coisas que nunca deixo de falar porque sei que tem outras pessoas que vão estar ouvindo e vão estar do outro lado (…) Então, tenho que falar pra nunca desistir, se eu consegui, eles também podem”, concluiu.