No desenrolar do julgamento de Daniel Alves, sua defesa adotou outra tática: ressaltar que o jogador estava excessivamente embriagado no dia do incidente, alegando que essa embriaguez poderia ser um fator atenuante em caso de condenação, conforme estabelecido pelo Código Penal espanhol.
Durante o processo, a advogada de defesa, a esposa do jogador, Joana Sanz, e outros testemunhos relataram que Alves chegou em casa visivelmente alcoolizado, inclusive sofrendo um acidente ao se chocar contra um armário antes de cair na cama. A defesa insiste nessa narrativa na esperança de obter uma redução de pena, considerando que o consumo de álcool é mencionado como um atenuante em casos de agressão sexual pelas leis espanholas.
Vale mencionar que Daniel chegou a chorar bastante no depoimento, tendo dificuldade até mesmo de terminar as frases. Além disso, o ex-futebolista contou que está na pior financeiramente falando, já que suas contas bancárias foram bloqueadas e ele está sem contratos no Brasil.
Essa estratégia jurídica levanta debates sobre a relação entre a embriaguez e a responsabilidade individual, bem como sobre a complexidade de determinar a culpabilidade em casos sensíveis como o de agressão sexual. O desfecho do julgamento será acompanhado de perto, enquanto questões legais e morais são cuidadosamente ponderadas.
MATERIAL GENÉTICO NO CORPO DA VÍTIMA
No desenrolar do julgamento de Daniel Alves na Espanha, médicos prestaram depoimento na última quarta-feira (7), confirmando a descoberta de DNA do ex-jogador em material coletado do corpo da mulher que o acusa de estupro.
As análises foram conduzidas em fevereiro do ano passado, enquanto o processo ainda estava sob sigilo judicial. Contudo, fontes da investigação relataram para a imprensa da Espanha que os exames identificaram a presença de vestígios de sêmen de Daniel Alves.
Este depoimento e a confirmação do DNA do atleta no material coletado representam um avanço significativo no caso, gerando ainda mais discussão em torno das acusações dirigidas ao ex-jogador.