Seis adolescentes, com idades entre 13 e 15 anos, precisaram de socorro após ingerirem um medicamento encontrado na rua em frente à escola estadual Júlio de Mesquita Filho, no bairro Ipiranga, em São Paulo.
Três meninos e três meninas haviam consumido Clonazepam, tomando dois comprimidos cada, antes de iniciar as aulas. Funcionários perceberam que os jovens estavam passando mal por volta das 10h e acionaram o Corpo de Bombeiros, que enviou rapidamente uma equipe ao local.
Segundo o tenente Vítor Fogolin da Silva, os adolescentes apresentavam sonolência intensa, mas já estavam conscientes e mostraram a cartela do remédio. Eles receberam atendimento com aplicação de antídoto e foram levados para as UPAs do Sacomã, Mooca e Ipiranga. Todos já se recuperaram e receberam orientações médicas.
O perigo do consumo de remédios sem supervisão
O Clonazepam é um medicamento controlado, utilizado para tratar crises de epilepsia, transtornos de ansiedade e depressão. Ele pertence ao grupo dos benzodiazepínicos e atua no sistema nervoso central, provocando efeito sedativo e relaxante.
Mesmo em doses consideradas seguras, o consumo sem orientação médica pode causar sonolência intensa, confusão mental e outros efeitos graves. “Os pais precisam conversar com os filhos e explicar que não se deve pegar medicamentos encontrados na rua e ingerir”, reforçou a capitã Karoline Burunsizian Magalhães, do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao uol.

Ações da escola e acompanhamento das famílias
Apesar do incidente, as aulas seguiram normalmente. Um funcionário da escola informou que os responsáveis dos alunos envolvidos foram chamados e orientados. A Secretaria Estadual de Educação acompanha o caso por meio do programa Conviva SP, que identifica situações de vulnerabilidade dentro das unidades escolares.
A instituição permanece em contato com as famílias e está à disposição para esclarecimentos. É fundamental que a escola e os pais mantenham diálogo constante sobre os riscos do consumo de medicamentos sem prescrição.
Investigação policial e prevenção
A Polícia Civil investiga como os adolescentes tiveram acesso ao Clonazepam e qual motivou a ingestão. Especialistas alertam que crianças e adolescentes podem se sentir atraídos por medicamentos encontrados, mas isso pode trazer consequências graves.
Entre as recomendações para prevenir situações semelhantes estão:
- Guardar todos os medicamentos fora do alcance de crianças e adolescentes.
- Conversar abertamente sobre os riscos do consumo de remédios sem orientação.
- Incentivar os jovens a procurar ajuda de adultos quando encontrarem substâncias desconhecidas.
- Observar sinais de comportamento estranho, como sonolência repentina ou mal-estar após tocar em medicamentos.
Resumo: Seis adolescentes, entre 13 e 15 anos, foram encontrados passando mal na escola estadual Júlio de Mesquita Filho, em São Paulo, após ingerirem Clonazepam que encontraram na rua. Três meninos e três meninas consumiram dois comprimidos cada antes de ir para a escola. Todos receberam atendimento médico com aplicação de antídoto e foram levados para UPAs, já estando recuperados. A Polícia Civil investiga como os jovens tiveram acesso ao medicamento.
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