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Início Momento Saúde com o Dr. Renato Karakhanian

AVC: uma emergência de saúde

Vem entender sobre o derrame (ou AVC), seus tipos, fatores de risco, tratamentos e a importância da prevenção

Renato Karakhanian Por Renato Karakhanian
24/05/2025
Em Momento Saúde com o Dr. Renato Karakhanian
AVC: uma emergência de saúde

Vamos entender hoje sobre o AVC ou derrame - Créditos: Freepik

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Olá, pessoal!

Neste mês, falaremos de um problema sério de saúde. Vocês conhecem alguém que já teve um “derrame cerebral” que morreu ou ficou com sequelas? Certamente sim, visto que o derrame ou o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência neurológica e representa uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo, trazendo implicações socioeconômicas impactantes.

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A condição constitui um importante problema de saúde e necessita de abordagens preventivas e do preparo dos sistemas de saúde para enfrentá-la. Dados do Ministério da Saúde, em 2023, informam que o AVC foi responsável por cerca de 100 mil mortes, afetando, majoritariamente, as pessoas acima de 60 anos.

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O AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro ou sangramento intracraniano, causando dores de cabeça, tonturas e alterações neurológicas de forma súbita ou progressiva, cuja denominação é dada como déficits neurológicos. Os principais déficits neurológicos são motores (fraqueza muscular, paralisia, dificuldade para andar ou segurar objetos), sensitivos (diminuição/perda da sensibilidade), fala e linguagem (dificuldade para falar, compreender, ler ou escrever), visuais (perda parcial ou total da visão, visão dupla) e cognitivos (alteração de memória, atenção, raciocínio ou discernimento).

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AVC hemorrágico

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O AVC hemorrágico, embora menos frequente, costuma ser mais grave. Pode ser caracterizado pela ruptura de um vaso sanguíneo, gerando extravasamento de sangue (hemorragia) em algum compartimento intracraniano (intracerebral, subaracnóidea – camada intermediária das membranas que envolvem nosso cérebro), o que gera aumento da pressão intracraniana e lesão de neurônios. Os sintomas mais comuns são cefaleia, vômitos, déficits neurológicos e alteração do nível de consciência.

A hemorragia intracerebral ou intraparenquimatosa pode ser classificada como primária e secundária.

– Primária: geralmente associada à doença hipertensiva crônica mal controlada frente a agudizações de picos hipertensivos; a Angiopatia Cerebral Amiloide (doença de depósito de proteína amiloide na parede vascular) é uma outra causa importante que induz o processo inflamatório arterial, ocasionando maior propensão a lesão de vasos e sangramentos.

– Secundária: associada à presença de outras doenças, como malformações arteriovenosas, aneurismas cerebrais, fístulas arteriovenosas, anemia falciforme, uso de anticoagulantes, coagulopatias/discrasias sanguíneas, vasculites, neoplasias, trombose venosa cerebral, em que ocorre extravasamento do conteúdo venoso por aumento da pressão intravascular, e infecções, especialmente os aneurismas fúngicos.

A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) manifesta-se com sangramento no espaço subaracnóideo. As causas mais frequentes são a ruptura de aneurisma cerebral prévios de etiologias variadas (aneurismática) e por traumas, principalmente, ou fístulas arteriovenosas (não aneurismáticas). Os sintomas comuns são cefaleia súbita e intensa, rigidez de nuca, náuseas, vômitos e perda de consciência. Casos severos de HSA evoluem rapidamente para estado comatoso, exigindo diagnóstico rápido e avaliação da necessidade de neurocirurgia para drenagem e descompressão.

 

AVC Isquêmico

O AVC isquêmico, tipo mais frequente, ocorre com a oclusão de vasos arteriais, dificultando ou obstruindo a passagem do sangue para determinada região do cérebro. A isquemia provoca necrose de neurônios e perda funcional da atividade cerebral, desdobrando-se nos déficits neurológicos e sintomas específicos de acordo com a extensão e áreas afetadas do cérebro.

É importante ressaltar que, embora tenha menor letalidade em comparação com o hemorrágico, o impacto de sua ocorrência está nas sequelas geradas, sendo um grande motivo de incapacidade e dependência. Segundo a Organização Mundial (World Stroke Organization), prevê-se que uma em cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo de sua vida. A incidência vem crescendo cada vez mais entre os jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos de 55 anos. Isso, em grande parte, pode ser explicado pelo estilo de vida inadequado e descuidado da população com a saúde. Os fatores de risco são bem conhecidos e podem ser segregados em não modificáveis e modificáveis.

 

Fatores de risco (não modificáveis):

– Idade: > 55 anos; com o avanço da idade, há maior probabilidade de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

– Sexo: masculino, homens têm maior risco de AVC.

– Etnia: populações negras e hispânicas têm maiores índices de hipertensão e diabetes.

– Doenças genéticas: distúrbios de coagulação, anemia falciforme, má formação vascular (MAV) e cardiopatias.

– Histórico familiar de AVC ou AIT – episódios em parentes jovens (1º grau).

 

Fatores de risco (modificáveis):

– Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):  principal fator de risco; a pressão não controlada danifica vasos cerebrais e aumenta as chances de sangramentos ou obstruções.

– Doença Arterial Coronariana (DAC): forte indício de aterosclerose (placas de gordura nas artérias) que podem também afetar vasos cerebrais.

– Diabetes: doença que causa lesões e danifica a microcirculação.

– Fibrilação Atrial: tipo de arritmia que favorece a formação de coágulos no coração que podem migrar para o cérebro e causar obstrução e isquemia.

– Estenose de carótidas: o estreitamento dessas importantes artérias, principais responsáveis pelo fluxo sanguíneo cerebral, reduz o fluxo e pode “soltar” placas aderidas em sua camada interna.

– Insuficiência Cardíaca: a redução do fluxo sanguíneo gerada pela insuficiência cardíaca diminui a oxigenação cerebral, além de aumentar o risco de trombose e embolia.

– Reposição hormonal: hormônios como o estrogênio podem aumentar o risco de trombose e embolias, principalmente em mulheres tabagistas e hipertensas.

– Dislipidemia (aumento de colesterol): favorece a formação de placas nas artérias, estreitando o calibre e diminuindo o fluxo de sangue.

– Obesidade: condição associada à hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e inflamação crônica.

– Tabagismo: o fumo danifica os vasos sanguíneos e favorece a formação de coágulos.

– Sedentarismo: condição causadora de diversas doenças como hipertensão, diabetes e obesidade.

– Consumo de bebidas alcoólicas: o consumo exagerado eleva a pressão arterial, pode gerar arritmias cardíacas e alterações hepáticas que causam distúrbios de coagulação.

 

Procura de atendimento e diagnóstico

A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais. Na presença de sintomas e quadro clínico compatível com AVC, é mandatório a procura de um serviço de urgência/emergência para uma avaliação médica e realização de exames de imagem. Cada minuto é valioso e faz a diferença, principalmente se o local de atendimento tiver protocolos de atendimento específicos com especialistas.

 

Tratamento do AVC isquêmico

O tratamento evoluiu significativamente nas últimas décadas. Se o diagnóstico for realizado em até 4,5 horas do início dos sintomas, os pacientes, se não tiverem contraindicações, podem receber a administração de trombolíticos (medicamentos que “dissolvem” os coágulos/trombos). Dependendo do serviço de atendimento e, caso haja um trombo em uma grande artéria do cérebro, deve-se considerar a realização de trombectomia (retirada do trombo por cateterismo). O tratamento adequado diminui a mortalidade e, principalmente, a chance de sequelas.

 

Importância do autocuidado

Controlar e minimizar alguns fatores de risco que, como o próprio nome diz, são modificáveis, é a melhor maneira de evitar o AVC e suas complicações. Manter uma dieta equilibrada (baixa ingestão de sal/sódio, gorduras saturadas e açúcares), praticar atividades físicas regularmente, parar de fumar e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas são atitudes que colaboram para modificar o risco de doenças crônicas.

Outro aspecto muito relevante consiste na realização de cuidados continuados (consultas periódicas) e na adesão ao tratamento medicamentoso de doenças já existentes. O uso adequado dos medicamentos controla as doenças crônicas e impacta significativamente nos desfechos clínicos. Felizmente, nosso sistema de saúde (SUS) fornece, de forma gratuita, medicamentos para hipertensão, diabetes, dislipidemia e outras medicações para controle de outras doenças como arritmia e insuficiência cardíaca. Não há desculpas para não fazer o tratamento.

Por fim, é responsabilidade de todos informar a população sobre a doença e seus fatores de riscos. Assim, contribuímos para a diminuição da doença e suas temíveis complicações. Combater o AVC é uma maneira importante de melhorar a qualidade de vida e a saúde não só das pessoas, mas da nossa sociedade como um todo.

 

Estejam alerta e se cuidem!

Até mais.

 

Tags: AVCderrameemergênciaPrevençãosaúde
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Renato Karakhanian Ribeiro é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). É especialista em Clínica Médica e Coordenador Médico no Hospital Nipo-Brasileiro (HNIPO) (@hospitalnipobrasileiro). Tem um grande amor pela sua família e paixão pelo seu trabalho e esportes. Em AnaMaria, escreve sobre saúde e bem-estar.

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