Os brechós estão conquistando cada vez mais espaço no guarda-roupa e no coração das brasileiras. E não é por acaso. O que antes era visto apenas como uma alternativa econômica, hoje se transforma em um estilo de vida que une moda sustentável, economia e propósito. De acordo com o Boston Consulting Group, roupas de segunda mão representavam 12% do guarda-roupa dos brasileiros em 2024, e a expectativa é que esse número chegue a 20% até o fim de 2025, movimentando cerca de R$ 24 bilhões no país.
Além da economia, esse crescimento reflete uma mudança de mentalidade. Cada vez mais pessoas desejam consumir com consciência, valorizando peças de qualidade e marcas que se alinham a seus valores. Assim, o consumo consciente deixa de ser tendência para se tornar uma necessidade.
Moda sustentável e propósito social no ASA Brechó
Em São Paulo, o ASA Brechó é um exemplo de como o setor pode ir muito além das roupas. Localizado agora na Rua Fradique Coutinho, 352, em Pinheiros, o espaço ocupa três andares com peças femininas, masculinas e infantis, além de acessórios e itens de decoração.
O diferencial está em seu propósito: o valor arrecadado nas vendas é revertido para a ASA, instituição que há décadas oferece assistência e educação a mais de 2 mil crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social. “O brechó representa um exemplo de economia circular com impacto social. O doador pratica o desapego de forma consciente, o comprador encontra boas peças por preços acessíveis, e a ONG gera recursos para manter seus projetos”, explica Melissa Pimentel, superintendente da ASA.
Economia circular e impacto positivo
No modelo da economia circular, nada se perde: o que para uns seria descarte, para outros se transforma em oportunidade. Além de reduzir o desperdício, esse formato ajuda a combater os efeitos da indústria têxtil, uma das mais poluentes do planeta. Produzir 1 kg de algodão, por exemplo, pode consumir até 20 mil litros de água — e optar por peças de segunda mão é uma maneira prática de reduzir esse impacto ambiental.
Para quem deseja contribuir, é possível doar roupas e acessórios diretamente no ASA Brechó ou agendar a retirada dos itens via WhatsApp. A iniciativa, portanto, transforma pequenos gestos em grandes resultados: mantém empregos, apoia projetos sociais e incentiva o consumo consciente.
Por que os brechós de luxo conquistaram o público?
Enquanto o mercado tradicional enfrenta desafios, os brechós de luxo ganham espaço por promover uma nova relação entre moda e sustentabilidade. As consumidoras buscam exclusividade, autenticidade e qualidade — sem abrir mão de valores éticos. Além disso, o prazer de garimpar peças únicas cria uma experiência de compra mais emocional e personalizada.
Outro ponto importante é o acesso: em um brechó de luxo, é possível adquirir roupas e acessórios de grife por preços bem menores que os do varejo convencional. E, como destaca Melissa, o ato de comprar deixa de ser apenas uma transação financeira e passa a ser um gesto de solidariedade.
Como o consumo consciente redefine o futuro da moda
A moda, aos poucos, deixa de ser movida apenas por tendências e passa a refletir escolhas pessoais e sustentáveis. O crescimento dos brechós mostra que é possível estar bem-vestida sem comprometer o planeta — e ainda contribuir para causas que fazem diferença na vida de muitas pessoas.
Em tempos de excesso e descartabilidade, o consumo consciente surge como um respiro. Cada peça reaproveitada representa menos lixo, menos poluição e mais solidariedade. E, se depender de espaços como o ASA Brechó, essa nova forma de consumir veio para ficar.
Resumo:
O crescimento dos brechós de luxo reflete uma mudança de comportamento: as consumidoras estão mais atentas à sustentabilidade, ao propósito social e ao impacto de suas escolhas. Iniciativas como o ASA Brechó unem estilo, economia circular e solidariedade, provando que é possível consumir moda de forma mais responsável.
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