Devagarinho eles migram das areias e eventos sociais para os looks das ruas e baladas, emprestando um estilo fashionista às produções.
E, assim, aos poucos, os chapéus ganham espaço no armário das brasileiras. “Embora culturalmente o país não esteja acostumado, na última edição da São Paulo Fashion Week algumas grifes incluíram o acessório nos desfiles”, aponta a jornalista, consultora de moda e autora do livro 101 Segredos para Se Vestir sem Erro no Trabalho, Rosângela Espinossi.
E, como a vida imita a passarela, a tendência é que os sombreros façam mais cabeças por aí. E quando essa moda fisgar o seu estilo é bom você saber como bater perna com um chapéu.
DICAS DA ESPECIALISTA PARA FAZER BONITO
- Originalidade: o pré-requisito para usar chapéu fora dos ambientes óbvios – praia e piscina – é ter personalidade. Você precisa se sentir poderosa com ele. Caso contrário, deixe em casa.
- Moda versátil: não há necessidade de combinar as cores entre a roupa e o chapéu, a não ser em evento social. Ao contrário, ele pode ser a peça chamativa e colorida de um look básico, por exemplo.
- Ousadia: calça jeans e camiseta podem muito bem combinar com um modelo estiloso do acessório: o look básico pode ser o pano de fundo para inventar moda com uma peça diferentona.
- Fios organizados: o cabelo sempre deve estar arrumado por baixo do chapéu, se não vai parecer disfarce. Portanto, nada de lançar mão do artifício para esconder um cabelo sujo ou desalinhado. Invista em penteados diversos, como um coque baixo.
- Cuidado com as proporções: uma mulher de rosto pequeno com chapéu de abas largas vai desaparecer dentro dele. Nesse caso, busque as versões delicadas, com abas estreitas. As baixinhas com um modelo muito grande terão a silhueta achatada. Busque equilíbrio.
- Sem exagero: o uso no dia a dia requer bom senso. “Precisa ser natural. Senão, pode parecer composição de fantasia”, alerta a consultora.
PODE EM TODO LUGAR?
- Trabalho: dependendo do ambiente e do modelo, o chapéu pode seguir com você, seja para aquecer ou proteger do sol quando a rotina for ao ar livre. Isso para empresas que não exijam vestimentas formais, ok?
- Teatros e cinemas: em salas de espetáculo, a adequação pede que o acessório seja retirado para não atrapalhar quem está atrás de você.
- Restaurantes e bares: a regra de tirar o chapéu à mesa vale para ambientes austeros. Se forem locais despojados, na praia ou em eventos fechados, quando a peça já está incorporada ao traje, mantenha-o na cabeça.
- Passeios ao ar livre: a peça é bem-vinda.
- Igrejas e templos: por convenção, o acessório deve ser retirado em sinal de respeito.
- Eventos sociais: quando o modelo compõe a indumentária e, inclusive, está acoplado ao penteado, pode ser mantido mesmo em igrejas.
MODELOS MAIS POPULARES
- Panamá: com abas curtas ou médias, é tradicionalmente claro, com tramas bem fechadas. Versátil, pode ser usado na praia ou na cidade. Combina com short, calça jeans, vestidos despojados…
- Fedora: parece o panamá, mas em feltro. Criado no começo do século 20 para homens, foi incorporado ao guarda-roupa feminino. Compõe vários estilos, mas, por ser de tecido mais quente, pode ser uma opção para aquecer.
- Clochê: o modelo com abas caídas surgiu entre as décadas de 1920 e 1930.
- Floppy: com abas grandes e copa bem arredondada, foi popularizado pelos hippies nas décadas de 1960 e 1970. Funciona com looks elegantes e despojados, como vestidões ou casacos longos.