A influenciadora Isa Scherer, vencedora do MasterChef, compartilhou recentemente um desabafo emocionante sobre a dificuldade que sua filha Mel enfrentou na volta às aulas. O relato tocou muitas mães que passam pelo mesmo desafio ao verem seus filhos lidando com a separação no primeiro dia de aula. Mas o que causa essa ansiedade infantil e como amenizar esse momento? A psicoterapeuta Marcela Daud explica os motivos por trás desse comportamento e dá dicas valiosas para tornar essa transição mais tranquila.
A dificuldade emocional das crianças na volta às aulas
Ao compartilhar sua experiência nas redes sociais, Isa Scherer revelou que o primeiro dia de aula da filha foi marcado por emoção e choro. “A Mel ficou desesperada para não ir à escola, grudou em mim e berrava. Eu quase chorei junto”, contou a influenciadora.
Situações como essa são comuns entre crianças que ainda estão se adaptando ao ambiente escolar, especialmente após um longo período de férias. Segundo a psicoterapeuta, a resistência ao retorno pode estar ligada às mudanças de rotina, à insegurança diante do novo e à pressão acadêmica ou social. “É normal que a criança sinta medo ou ansiedade, principalmente após semanas em um ambiente acolhedor e familiar, como o lar”, explica a especialista.
Como identificar os sinais de ansiedade na criança?
Se a criança demonstra resistência à volta às aulas, é importante que os pais fiquem atentos aos sinais de ansiedade. A especialista pontua alguns indícios de que a situação precisa de mais atenção:
- Recusa persistente em ir à escola;
- Mudanças abruptas no sono ou apetite;
- Choro excessivo ao se separar dos pais;
- Sintomas físicos como dores de cabeça ou estômago;
- Comportamentos de evasão, como alegar estar doente para evitar a escola.
Caso a criança apresente esses sinais com frequência, buscar orientação profissional pode ser fundamental para entender melhor a situação e encontrar estratégias adequadas para ajudar na adaptação.
Estratégias para uma transição mais tranquila
A preparação antecipada é essencial para minimizar a ansiedade infantil. A especialista sugere que os pais reintroduzam a rotina escolar alguns dias antes da volta às aulas. Isso inclui regular os horários de sono, estimular a conversa sobre a escola e reforçar o lado positivo da experiência.
“Os pais podem perguntar aos filhos sobre seus sentimentos e expectativas, mostrando que é normal sentir um friozinho na barriga. Outra dica é incentivar a prática de atividades prazerosas que ajudem a aliviar a tensão, como brincar, desenhar ou ouvir histórias”, orienta Marcela.
Na hora da despedida, a psicoterapeuta sugere que os pais adotem uma abordagem encorajadora. Criar um ritual de despedida curto e positivo faz toda a diferença. Um simples ‘divirta-se na escola, te vejo logo’ pode tranquilizar a criança, ao invés de prolongar a separação, o que pode aumentar a ansiedade.
O papel da comunicação na segurança emocional da criança
Manter um canal de diálogo aberto é uma das chaves para ajudar a criança a se sentir segura. “Os pais podem compartilhar histórias sobre suas próprias experiências na escola, destacando momentos positivos e como superaram desafios”, sugere Marcela.
Além disso, fazer perguntas diretas pode ser um caminho para entender melhor as emoções do pequeno. Questões como “O que mais te preocupa sobre a escola?” ou “O que você está ansioso para aprender?” ajudam a trazer clareza e permitem que os pais ofereçam suporte adequado.
Atividades relaxantes para ajudar na adaptação
Criar momentos de relaxamento pode ser muito benéfico durante esse período de transição. Marcela sugere que as famílias adotem práticas como mindfulness, ioga ou meditação para fortalecer o vínculo e reduzir o estresse. “Um círculo de relaxamento antes de dormir, com histórias ou exercícios de respiração, pode ajudar a criança a se sentir mais tranquila e segura”, finaliza a especialista.
A história compartilhada por Isa Scherer evidencia o quanto a volta às aulas pode ser um desafio emocional para os pequenos e seus pais. Com paciência, comunicação aberta e estratégias adequadas, essa transição pode ser muito mais leve para todos.
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