A apresentadora Tati Machado vive um dos momentos mais difíceis da maternidade. Grávida de 33 semanas, ela foi internada após notar que seu bebê, Rael, não se mexia mais. Até então, tudo caminhava bem na gestação. Porém, infelizmente, os médicos confirmaram a parada dos batimentos cardíacos do bebê – por motivos que ainda estão sendo investigados.
Mesmo abalada, Tati Machado precisou passar pelo trabalho de parto. Segundo nota oficial da equipe da jornalista, ela segue estável e cercada de cuidados médicos e familiares. “Um processo cercado de amor, coragem e profunda dor”, como destacou o comunicado. A família pediu respeito e privacidade para lidar com o luto.
O luto materno é real e precisa ser respeitado
O luto materno ainda é um tema pouco falado, mas extremamente necessário. Quando uma mulher perde um bebê, seja na gravidez ou logo após o nascimento, ela perde muito mais do que um filho. Perde sonhos, planos e parte da sua identidade naquele momento.
“A perda gestacional representa o fim de um projeto afetivo que já existia. A criança já estava presente no nome escolhido, nos enxovais, nas expectativas do futuro”, explica a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo e fundadora do Instituto MaterOnline. Por isso, o acolhimento não deve vir com frases prontas, mas com escuta atenta e respeito.
Frases que machucam no luto materno
Ainda que bem intencionadas, algumas frases só aumentam a dor de quem enfrenta a perda gestacional. Veja o que evitar:
- “Foi melhor assim”: ninguém quer perder um filho. Dizer isso invalida o sofrimento.
- “Você pode ter outro”: nenhuma nova gestação substitui a anterior.
- “Pelo menos ainda não tinha vínculo”: o vínculo começa desde o teste positivo.
- “Deus sabe o que faz”: nem toda mãe encontra conforto na fé nesse momento.
- “Seja forte”: o luto precisa de espaço, não de cobrança.
Como oferecer apoio a quem vive uma perda gestacional
Acolher uma mãe que vive a perda gestacional exige mais atitude do que palavras. Algumas formas de ajudar são:
- Esteja presente: diga “Estou aqui” sem forçar conversas.
- Valide a dor: reconheça a perda com empatia, sem minimizar.
- Respeite o tempo do luto: cada mulher vive esse processo de forma única.
- Ofereça ajuda prática: pequenas ações no dia a dia aliviam o peso emocional.
Pais também enfrentam o luto materno
Muitas vezes esquecidos, os pais também sofrem com a perda. No caso de Tati Machado, seu marido, o cineasta Bruno Monteiro, também perdeu um filho. “Homens também criam laços com o bebê e sofrem a ausência. Mas, por serem cobrados a manter a força, acabam silenciando sua dor”, reforça Rafaela. Assim como as mães, os pais precisam de acolhimento, espaço e, quando necessário, apoio psicológico.
Resumo: A perda do bebê de Tati Machado nos lembra que o luto materno é real e profundo. Mais do que frases prontas, mães e pais enlutados precisam de acolhimento, presença e respeito. Validar esse sofrimento é essencial para atravessar esse momento com dignidade e amor.
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