Todo pai e mãe deseja ver seus filhos crescendo seguros e confiantes, mas, muitas vezes, sem perceber, adotam atitudes que podem minar essa confiança. Uma criança com baixa autoestima pode se tornar um adulto inseguro, com medo de errar e dificuldade para se posicionar. Além disso, essa fragilidade emocional pode abrir portas para a dependência emocional e até para relações abusivas no futuro.
Como a falta de confiança na infância afeta a vida adulta?
A baixa autoestima infantil não se limita a essa fase da vida. Ela pode se refletir em dificuldades para lidar com críticas, medo de rejeição e uma busca constante por aprovação. Essas marcas podem levar a transtornos como ansiedade e depressão. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos aos comportamentos que podem impactar negativamente a autoconfiança dos pequenos.
Atitudes que prejudicam a autoestima infantil (e como mudá-las)
Ser muito crítico
Focar apenas nos erros e esquecer de valorizar os acertos pode fazer com que a criança cresça com medo de falhar. Em vez disso, elogie o esforço, não apenas o resultado. Por exemplo, troque frases como “Você deveria ter feito melhor!” por “Estou orgulhoso do seu empenho!”.
Comparar com outras crianças
Comparações geram sentimentos de inadequação. Em vez de dizer “Seu amigo já sabe ler e você não?”, prefira destacar o progresso individual: “Olha como você está evoluindo!”.
Ser superprotetor
Proteger demais pode impedir que a criança desenvolva autonomia. Permita que ela enfrente pequenos desafios, como escolher a roupa ou resolver conflitos. Assim, troque o “Deixa que eu faço!” por “Tente você primeiro. Estou aqui se precisar!”.
Não demonstrar afeto e validação
A falta de carinho e reconhecimento pode fazer a criança se sentir indigna de amor. Diga “Eu te amo” e mostre interesse pelas conquistas dela. Pequenos gestos fortalecem a autoestima e previnem a dependência emocional no futuro.
Minimizar os sentimentos da criança
Falar “Isso é besteira” ensina a criança a reprimir emoções. Por isso, valide os sentimentos dela com frases como “Entendo que você ficou triste. Quer me contar o que aconteceu?”.
Usar apelidos ou rótulos negativos
Por fim, chamar a criança de “preguiçosa” ou “desastrada” pode limitar seu potencial. Substitua por estímulos positivos, como “Você consegue! Vamos juntos?”.
Fortalecer a autoestima infantil é um investimento para a vida toda
Criar um ambiente de apoio, amor e respeito é fundamental para que as crianças cresçam seguras e confiantes. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer toda a diferença, ajudando a construir uma base emocional sólida e prevenindo futuras relações abusivas ou dependência emocional. Afinal, fortalecer a autoestima dos filhos é um presente que eles carregam para sempre.
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