Tatá Werneck é hoje um dos maiores nomes da televisão brasileira, com filmes, novelas e o próprio programa no currículo, mas nem sempre foi assim. Segundo o ator e diretor, Wolf Maia, alguns diretores da TV Globo não gostavam dela e não a queriam em nenhum trabalho.
Embora visse em Tatá uma atriz autêntica e engraçada, o fundador da escola de teatro mais conhecida de São Paulo revelou ter tido dificuldades para emplacá-la.
“Tinha muita gente que pensava diferente. Eu suei, cara”, disse Wolf em entrevista ao podcast ‘Papagaio Falante’, de Sérgio Mallandro e Renato Rabelo.
Segundo ele, o principal responsável pelo atraso no estrelato de Tatá foi o ex-diretor global Silvio de Abreu – famoso por novelas como “Guerra dos Sexos” e “Sassaricando”.
“Ele odiava ela! Não queria a Tata de jeito nenhum! Ele achava ela sem graça, falava que ela era atriz de um personagem só”, contou Wolf Maia que, depois de muito trabalho, conseguiu colocar o talento da Lady Night em ação.
“Eu falei: ‘aguarde’. Talvez até seja atriz de um personagem só, mas ela decupa o personagem de acordo com a necessidade. E aí ela é genial”, revelou ele.
Dito e feito. Após a estreia da jovem Tatá na teledramaturgia com a novela “Amor à Vida”, em 2013, o amor do público foi espontâneo. A humorista começou a aparecer em várias outras novelas e filmes, até se consolidar no próprio Talk Show.
BASTIDORES DE WOLF MAIA
Wolf Maia relembrou uma história bastante inusitada, que se passou nos bastidores da novela ‘Barriga de Aluguel’, em 1990: precisou amarrar as mãos do ator Victor Fasano, que fazia sua estreia na novela interpretando o personagem Zeca.
Durante entrevista ao podcast Papagaio Falante, apresentado por Sérgio Malandro e Renato Rabelo, ele explicou que Fasano ainda não tinha experiência como ator.
“A gente precisava de um homem lindo para fazer o marido da Cássia Kiss e da Claudia Abreu. Daí, pensei: com essas feras, posso arriscar com um cara novo”, ressaltou o diretor.
Acontece que Fasano não sabia muito bem o que fazer com as mãos em cena. “Televisão é close, então uma mão aqui [perto do rosto] me atrapalha. Não preciso de mão, preciso de vontade, de intenção”, contou.
Para não atrapalhar a cena, Wolf acabou amarrando as mãos de Fasano. “Toda a energia que vinha para as mãos ele botava para a cara… ele ficava forte. A mão não ia, mas o olho ia”, brincou o diretor.