Tony Ramos deu sua opinião sincera sobre a escalação de influenciadores sem registro de atuação (DRT) para trabalhar como atores em novelas. Para o ator, a regulamentação da profissão e a experiência acadêmica são importantes e não deveriam ser relevadas nem para influencers, revelou ele no podcast ‘Papo de Novela’, do GShow, desta quinta-feira (14).
“Todo mundo é bem-vindo à minha profissão. Agora, aquele que vê uma cena de novela e fala: ‘Isso aí é mole, vou lá, decoro e mando bala!’. Eu falo: ‘Então está convidado, vamos lá!'”, desafiou ele. “Não é bem isso. Você tem que ter humildade suficiente para não se colocar no pedestal do mundo”, continuou.
Entretanto, Ramos apoia novos talentos nas telas, mesmo que com ressalvas: “Isso não inviabiliza o talento que está escondido, mas ele vai ter que seguir certas normas, porque senão você não moraliza essa relação”
Ele ainda dá exemplos de outras profissões em que há uma regulamentação, e que mesmo que o profissional seja bom nela, não poderá ser reconhecido como tal. “Não estou dizendo que só uma universidade forma um ator em absoluto. Um ator pode estar me ouvindo agora e não teve tempo ou chance de mostrar ser esse ator […]”, finaliza ele.
JADE PICON
Apesar de não expôr nomes, as críticas de Tony Ramos não passaram despercebidas pelos internautas, que logo associaram com Jade Picon, influenciadora recentemente confirmada na nova novela da TV Globo ‘Travessia’
Jade não possui DRT, mas recebeu uma autorização especial do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ) para atuar.
Essa medida, entretanto, acarretou em uma taxa a ser paga pela emissora ao sindicato. Para Jade trabalhar na novela, a Globo desembolsará todo mês 20% do contrato total da ex-BBB para o Sated-RJ.
De acordo com informações do site Notícias da TV, para fazer essa regularização, o contratante necessita abrir uma solicitação por meio de um formulário online, visando dar entrada no pedido de autorização para peças teatrais, filmes, shows, comerciais, vídeos, performances, eventos e circo. Depois de enviado o documento, o sindicato analisa o material, podendo aceitar o pedido ou não.