Bruna Linzmeyer participou, na última segunda-feira (3) do programa ‘Alma de Cozinheira’, do canal GNT e apresentado por Paola Carosella, e surpreendeu os telespectadores ao afirmar que a maternidade não está em seus planos de vida.
“Eu falava desde que eu era criança que eu nunca ia casar e nunca iria ter filhos. Desde que eu tenho 11 anos eu falo isso”, iniciou a namorada de DJ Marta Supernova.
“Enquanto eu tive relações com homens, foram relações maravilhosas, tenho muito carinho pelos homens que eu amei. Eu cogitei real isso. Quando passou, eu falei ‘ainda bem que não rolou’, sabe? Porque não era o que eu queria, eu não tenho essa vontade”, continuou falando.
A atriz comentou que pensa em ser mãe em outros formatos e relembrou um triste momento em sua família: “Eu tive uma irmã que morreu, e a minha mãe adotou essa filha, Alê, quando ela tinha 19 anos”, contou a atriz, sem segurar as lágrimas. “Ela foi morar lá em casa, e eu tinha dois [anos]. Ela era uma pessoa que estava passando por uma situação muito difícil, e minha mãe falou ‘vem morar comigo’. E aí ela foi”, relembrou.
“Talvez alguém precise da minha ajuda, talvez eu me identifique com alguém e essa pessoa tenha 20 anos, e eu tenha 60. Acho que tem muito caminho ainda pela frente”, finalizou.
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EITA
Bruna Linzmeyer participou do podcast ‘Quem Pode, Pod’, comandado por Gio Ewbank e Fernanda Paes Leme, na última terça-feira (04). Sem citar nomes, ela revelou que precisou denunciar uma psicóloga ao Conselho Regional de Psicologia porque a profissional era lesbofóbica.
A atriz afirmou que ela ficou com a psicóloga durante quatro anos e que isso afetou negativamente a sua vida. “Em 2014, entrei numa psicanalista que foi super indicada. Ela não tinha nem horário para me atender, mas eu insisti. Era uma fortuna a consulta, e várias pessoas conhecidas vão nela. Eu fiquei quatro anos com essa mulher”, iniciou.
“Eu parei de dançar, escrever, não conseguia mais transar direito, eu gozava e chorava. Ela era muito lesbofóbica comigo. Ela me interrompia e falava ‘Você não é lésbica’. Inclusive, eu a denunciei para o Conselho Regional de Psicologia”, continuou.
Durante o bate-papo, Bruna contou como se descobriu lésbica e contou sobre como foi manter um relacionamento hétero por causa da pressão da sociedade: “Um dia eu senti tesão por uma mulher e dei em cima dela. Ela entendeu, ficou muito claro. A gente ficou, transou, e ela foi minha primeira namorada. Depois que comecei a namorar, entendi que desse ponto para trás, eu já era sapatão há muito mais tempo”.
“Mesmo naquela época, eu não enxergava essa amiga e essa relação como amorosa. Isso se chama heterossexualidade compulsória. A gente é criado para ser hétero. Ninguém sai do armário falando que é hétero. A gente vê isso nas novelas, nas ruas… eu fui hétero durante muito tempo por não ter tido a possibilidade de escolher outra coisa, vivenciar meu corpo de outra maneira e me perceber de outro jeito”, concluiu.