Selton Mello, renomado na dramaturgia brasileira, celebrou recentemente suas quatro décadas de carreira, contando agora com 50 anos de idade. Em uma entrevista à revista Quem, o ator abordou a questão do título de galã associado a ele pelo público, expressando dificuldade em lidar com essa imagem ao longo dos anos.
“Tenho muita dificuldade. Não sei se é porque eu comecei criança e eu cresci na frente de uma lente de câmera. (…) É uma coisa muito complexa”, compartilhou Mello, refletindo sobre a construção desse rótulo ao longo de sua trajetória.
O artista, defensor da saúde mental e adepto à terapia, apontou que interpretar uma grande variedade de personagens ao longo de sua carreira pode ter impactado sua autoimagem: “Mesmo com anos de terapia, que eu sou fã e militante da saúde mental, ainda é um trabalho para mim me ver. Não sei se é também porque foram muitos personagens, muitas máscaras de personagens”, ponderou.
Apesar do estigma do galã, Selton destacou que sua carreira nunca se limitou a esse estereótipo, enfatizando a diversidade de seus papéis e seu público variado: “Minha carreira nunca foi muito do mundo do galã. Alguns personagens tinham esse apelo, mas não era muito. Um pouco do que ilustra isso são os meus fãs. Eu tenho muito fã homem”, apontou o ator.
LANÇAMENTO DE SUAS MEMÓRIAS EM LIVRO
Selton Mello surpreende mais uma vez ao lançar sua autobiografia “Eu me lembro” pela Jambo Editora, onde relembra mais de quatro décadas de vida por meio de perguntas de 40 colegas de trabalho, incluindo nomes como Fernanda Montenegro, Lázaro Ramos, Wagner Moura, Débora Falabella e Larissa Manoela.
A obra, ricamente ilustrada com mais de 70 fotos, muitas delas inéditas, foi lançada na Livraria da Villa, em Pinheiros, São Paulo, na última segunda-feira (04), com a presença de nomes notáveis da TV, teatro e cinema, atendendo ao convite do casal de empresários e RPs Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.