O novo livro ‘Rita Lee – Outra Autobiografia’ trouxe várias revelações sobre os últimos meses de vida da cantora ao ser lançado na última segunda-feira (22). Entre elas, a decisão da Rainha do Rock em ter seu corpo cremado após a morte e as orientações que deu à família sobre o destino de suas cinzas.
Primeiro, Rita Lee começou explicando o motivo de não querer ser enterrada. “Tenho certa implicância com cemitérios. Lá, até há monumentos bonitos e rola uma paz em meio aos monólitos de cimento e anjos de mármore em respeito aos mortos. Mas acho que túmulos ocupam o lugar de pessoas vivas, e que cemitérios poderiam virar parques e praças, quem sabe até moradias”, opinou.
Foi então que a artista revelou o desejo de que a família jogasse suas cinzas em lugar inusitado. Ela detalhou: “Por isso quero ser cremada e ter as cinzas jogadas na minha horta caseira sem agrotóxicos para me transformar numa alface suculenta”.
EUTANÁSIA
Outro assunto fúnebre tratado na nova autobiografia de Rita Lee foi a eutanásia. Ela considerou o método, que consiste em provocar a morte de um paciente em estado terminal, ao receber o diagnóstico de câncer no pulmão.
“Contei [ao chefe da área de oncologia do hospital] do trauma que ficou em mim por ter visto sofrimento da minha mãe fazendo esses dois procedimentos quando teve câncer. Eu disse a ele que minha vida tinha sido maravilhosa e que, por mim, tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor”, afirmou.
Vale destacar que a eutanásia não é permitida no Brasil, porém pode acontecer legalmente em outros países. Rita Lee morreu aos 75 anos, em São Paulo (SP), em 8 de maio de 2023. Ela deixou o marido Roberto de Carvalho e os filhos Beto, João e Antônio Lee, que pretendem cumprir os últimos desejos da cantora.