Renata Silveira entrou para a história, na última quarta-feira (20), ao se tornar a primeira mulher a narrar uma partida de futebol masculino na TV Globo. A narradora comandou a transmissão da disputa entre Botafogo e Ceilândia pela Copa do Brasil, com vitória de 3 a 0 pela equipe alvinegra.
No Instagram, Renata comemorou o feito como uma conquista de todas as mulheres. “Não sei a data exata que pisei num estádio pela primeira vez, mas lembro até hoje a sensação que tive quando isso aconteceu. Foi amor à primeira vista e aquela mini Renata não tinha noção do que isso representaria muitos anos depois”, começou ela.
Em seguida, anunciou: “Mulheres, olha onde chegamos. Já caiu a ficha? Depois de 56 anos numa quarta-feira a noite eu tava lá pra representar todas nós na história da TV brasileira. Eu queria que alguém já tivesse realizado isso antes, seria mais fácil pra mim, estaria menos nervosa, menos ansiosa, me cobraria menos… demorou mas aconteceu, e foi lindo. Inesquecível!”.
A narradora revelou que suas mãos tremiam durante a transmissão, mas que conseguiu conter as lágrimas. O alívio e a alegria só vieram após o fim do jogo. “Ufa! Tá feito! Aconteceu e não foi um sonho”, continuou ela.
“Gratidão! A todas que sempre lutaram pelos seus espaços, acreditaram e acreditam. Eu amo futebol e quero me sentir sempre parte dele, nunca excluída pelo simples fato de ser mulher. Futebol é pra todos e eu já sabia disso desde aquele dia que pisei pela primeira vez em um estádio”, defendeu Silveira.
O texto chegou ao fim com um desejo de que mais espaços sejam ocupados pelas mulheres. “Mais um capítulo sendo escrito. Bora que ainda temos muitas coisas pra conquistar!”
A narração de Renata recebeu diversos elogios na web – especialmente entre os botafoguenses, que apelidaram a jornalista de ‘amuleto’ do time diante da vitória. “Um momento que lutamos tem tantos anos! Já poderíamos estar muitas etapas a frente. Mas tudo bem, chegou a hora, e você foi brilhante. Se emocionou, nos emocionou. Seu talento falou alto! Parabéns e obrigado, Renata! Você narra muito”, disse Luís Roberto. “É exatamente esse sentimento. Não queria ter sido a primeira, mas que bom que somos! Vida longa e que venham as próximas (transmissões e mais mulheres)”, desejou Ana Thaís Matos.
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