A demissão de Stênio Garcia da TV Globo chamou a atenção, por conta da idade e dos anos de casa do ator, que morreu nesta XXXXXX (XX), aos 91 anos. Em maio do ano passado, Silvio de Abreu não ficou quieto e fez questão de rebater acusações de que teria perseguido e encerrado o contrato do ator com a emissora. Na ocasião, Silvio atuava como Diretor de Dramaturgia do canal.
Conforme ele, Stênio “cavou a própria cova” após uma plástica mal-sucedida. “Havia uma rejeição por parte dos autores e diretores, não contra o indiscutível talento dele, mas por alguma intervenção estética que ele havia feito no rosto prejudicando as feições. Quando a sua aparência voltou ao normal, eu o escalei em ‘Deus Salve o Rei’ (2018), e ele fez um brilhante trabalho como o interventor”, afirmou em entrevista para o Notícias da TV.
O autor chegou a negar a versão dada por Stênio, que também havia dado uma entrevista na época, falado sobre um possível conflito que foi movido por diversas críticas feitas pela mulher dele, Marilene Saad, na internet. “Eu não tenho Instagram, nem Twitter, portanto não tinha como saber o que a senhora disse”, disparou, antes de dizer que a história é completamente falsa e nunca aconteceu.
“Primeiro porque não cabia a mim contratar ou dispensar quem quer que fosse. Esse trabalho era do RH. Eu nunca fui consultado sobre a dispensa do senhor Stênio, e ele nunca me procurou enquanto eu estava no cargo para pedir nada ou falar que tinha recebido o aviso”, continuou. O autor ainda rebateu as reclamações de que o ator teria sido vítima de vingança por conta do casamento com Cleyde Yáconis, que morreu em 2013.
“Eu comecei a ler nos jornais e até em programas de TV que a dispensa teria sido uma vingança de minha parte pelo fato de, no século passado, ele ter sido um canalha com a grande atriz e minha amiga Cleyde. Realmente a atitude dele foi horrível, mas eu não tinha e nem tenho nada com isso”, disse.
O ALVO DE STÊNIO
Apesar de todas as acusações negativas feitas por Stênio, Silvio afirmou que chegou a ficar a favor dele para que ele ficasse e trabalhasse mais na Globo: “Depois disso, eu o escalei para dois excelentes papéis em Boca do Lixo (1990) e em Torre de Babel (1999), que ele desempenhou lindamente, porque talento não lhe falta”, disse o roteirista.
Silvio afirmou ainda que o seu cargo foi marcado por tentar resgatar grandes nomes da casa e que haviam sidos esquecidos pelo público. “Verifiquei que muitos atores veteranos não eram escalados e fiz o impossível para corrigir isso com sucesso”, explicou.
LADO B DA HISTÓRIA
Ainda no ano passado, Stênio Garcia também afirmou ao Notícias da TV que foi demitido da emissora carioca no meio da pandemia do covid-19 via WhatsApp. Ele ainda confessou que não esperava que iria acontecer a “perseguição individual”.
“Foi por uma razão meio boba. Minha mulher tinha falado mal do Silvio de Abreu no Instagram. Eu acho que qualquer pessoa que interfira no processo de trabalho de alguém não é bom, foi péssimo. Ele não é muito bom-caráter, não”, ressaltou na ocasião.