Imagens de centenas de cartazes espalhados pela cidade de São paulo viralizaram na última semana. Os anúncios tinham estampados a foto de Dodô, do grupo de pagode Pixote, com a frase “Me paga, caloteiro” escrita em letras grandes.
Segundo informações da coluna Leo Dias, o protagonista da história é Gilson Lima, produtor musical que fez parcerias com o cantor desde os anos 90. Os dois estão em uma batalha judicial desde o inicio dos anos 2000, por falsas acusações do pagodeiro que levaram o produtor à prisão.
As brigas se iniciaram pois, na visão de Gilson, Dodô queria ostentar coisas que não tinha, criando dívidas com o profissional. Eles entraram em um acordo de que, para quitar o que devia, o pagodeiro concordou em pagar o valor de R$5 mil. Quando ambos chegaram ao banco sacar o dinheiro, Gilson foi surpreendido com uma ordem de prisão. “Ele me chamou para ir ao banco e lá falou para o gerente que estava sendo vítima de sequestro. O gerente, então, acionou o botão de pânico. O delegado me autuou em flagrante por extorsão mediante sequestro”, afirmou.
O produtor ficou preso por quatro meses, mas foi inocentado pelo juiz por não haver crime. Ele processou as partes envolvidas em sua prisão, e o valor de indenização chegou aos R$ 90 mil.
Gilson cobra, ainda, o valor dos shows que organizou. “Desde 2010, quando ganhei o direito a indenização, ele se esquiva em pagar. Hoje, o valor da indenização está em torno de R$ 200 mil e mais 90 mil por cada show, chegando próximo dos R$ 400 mil. Por R$ 300 mil eu deixo isso pra lá”, contou ao jornal Metrópoles.
VERSÃO DO GRUPO
A assessoria do Pixote, em nota à imprensa, nega as dívidas do vocalista com o produtor. “Douglas Monteiro Fernandes, conhecido como Dodô, vocalista do grupo Pixote, teve conhecimento de falsos cartazes espalhados pelas redes sociais, com a grave acusação de que ele é “caloteiro”. Isso não corresponde à realidade dos fatos. O escritório que cuida de sua carreira pretende esclarecer tudo e afirma que o artista e sua equipe estão tomando as devidas medidas e providências extrajudiciais e judiciais cabíveis contra o responsável por essa acusação mentirosa”, aponta a nota.