Isabela Tibcherani esteve entre as testemunhas contra Paulo Cupertino no júri, na última semana, quando ele foi preso pela morte do ator Rafael Miguel e seus pais, João e Miriam. Em entrevista ao ‘Fantástico’, exibida no domingo (22), a jovem revelou como foi saber que o pai foi capturado depois de quase três anos do crime.
Ela afirmou que Cupertino não a procurou durante todo o tempo em que esteve foragido e ressaltou que é difícil seguir a vida diante do que o pai fez.
“Sei lá, para mim seria bom que ele [Cupertino] nem existisse. Meu maior objetivo desde então era me reerguer, conseguir trabalhar, tocar minha vida tranquilamente. Mas essa exposição toda me prejudicou bastante”, afirmou.
Para Isabela, o crime lhe deixou também dificuldades para encontrar emprego. “Independente de eu ser inocente nessa situação, as empresas, acredito que não querem esse tipo de associação. Então acabam dispensando. Ainda existe um peso, né, que as pessoas colocam pelo fato de eu ser filha dele. Não é fácil ser filha de um assassino. Não é fácil carregar o peso de ter o nome de uma pessoa que cometeu um dos maiores crimes nacionais”, disse.
Apesar de todos os traumas, a jovem ressaltou que a prisão do pai lhe trouxe certo conforto. “Embora não vá aparar nada do que aconteceu, não vá diminuir as dores, a pessoa que causou esse mal todo está presa agora e não vai sair impune. Isso meio que conforta, de alguma forma. É como se os pesos fossem gradativamente se aliviando na nossa vida, e eu tenho fé e desejo que não só para mim, mas que também para família do Rafael, que aos poucos as coisas voltem a se acalmar e que exista esse senso de justiça para tudo de ruim que aconteceu.”
Cupertino está preso em uma cadeia na Zona Leste de São Paulo e vai ficar isolado dos outros detentos até junho, aguardando julgamento.