Após polêmicas envolvendo o suposto motivo de exclusão do ‘Criança Esperança’ deste ano, apontado por Mara Maravilha, a apresentadora revelou o motivo de não falar sobre Xuxa: “Sempre que toco nesse assunto reverbera de uma forma que não é legal. Não sei por quê. Espero que um dia você entreviste uma delas [Angélica, Eliana e Xuxa] e pergunte”, disse em entrevista para Folha de São Paulo, na última terça-feira (28):
A comunicadora disse que ouve do público nas ruas que foi a melhor apresentadora infantil. “É muito contraditório o que a mídia pontua e a realidade que vivo. Então, ponto, eu sou Mara Maravilha. Fulana, beltrana, sicrana, cada uma fica no seu quadrado.”, afirmou.
Demitida do SBT em fevereiro deste ano, Mara está aproveitando o descanso antes de voltar a ativa. “A vida não é mil maravilhas. Ter fama não é fácil. Ser famosa não é para qualquer um. Mas era para ter sido, não importa se eu morasse no Oriente Médio ou na China. Tenho fã com 16 e 15 anos. São fases, né? Da época do programa infantil, depois os anos 1990, a fase gospel, a fase de reality.”, disse.
Sobre a vida religiosa, a cantora conta como foi o processo de conversão: “Não fui eu que decidi me converter, foi Deus. Muitos são chamados, poucos são escolhidos. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida”. A apresentadora fez parte do elenco de ‘A Fazenda’, em 2015 e disse que voltaria a participar do reality: “É contraditório eu querer louvar e dizer que retornaria para A Fazenda? Sim, sou ser humano. Gosto de tudo que já vivi na minha vida, até das coisas que me arrependo.”.
EXCLUÍDA POR PRECONCEITO
A grande atração do show do Criança Esperança foi a união entre Angélica, Eliana e Xuxa, anunciadas como as três maiores apresentadoras infantis do período. No entanto, o encontro estrelado desagradou outro ícone dos anos 90: Mara Maravilha.
A veterana, que já havia debochado da presença do trio na atração beneficente, voltou a falar sobre o caso e afirmou ter sido excluída por preconceito. Ela afirma que seu sangue indígena e origem nordestina foram determinantes para a escolha – sem citar as rivais ou a TV Globo diretamente.
“Mais uma vez tentam me apagar da história, mas “normal”, quando se trata de uma representante mestiça com sangue indígena, né? Nordestina, que nunca deveria ter estado na TV. Quantas crianças, meninas ou mulheres nordestinas, como eu, não são convidadas para festas e para selfies?”, iniciou.
Mara seguiu criticando – ainda sem citar o trio: “Nada contra três amigas se unirem para uma ação de marketing, mas a ação não pode ser chamada de reunião das três maiores apresentadoras infantis da mesma geração, não pode. Desse lugar que tentam me tirar, a história não me deixa sair”.
“Até a Barbie mudou, está na hora das coisas aqui mudarem também”, finalizou Mara,