Manu Gavassi foi capa do ‘Caderno Ela’ de julho, mas não gostou da maneira como a revista construiu a manchete.
“Explante de silicone, transição capilar e novo timbre: essa moça ‘ta’ diferente”, dizia a manchete.
A cantora disse que está em uma nova fase de sua carreira musical e com uma protagonista forte em um dos últimos lançamentos da ‘Netflix’. Então, se questionou sobre ver sua entrevista reduzida às mudanças que fez no corpo.
DESABAFO
Por conta da situação, Manu resolveu se manifestar em seu Instagram. “Capa bonitona, né? Entrevista também. Mas a manchete, que é exatamente como somos representadas como artista, nem tanto”, escreveu na legenda.
“Quando li a minha Manchete de capa do Caderno Ela (uma das maiores revistas femininas do Brasil) senti um incomodo mas me perguntei se eu não estava sendo muito reativa ou exagerando”, continuou.
Ela ainda disse que após ter visto a manchete, foi em busca de capas protagonizadas por homens de sua mesma idade e profissão. O resultado? Não encontrou nenhuma que dizia a respeito da aparência deles.
“Coloquei nome de atores e cantores homens com mais ou menos a minha idade e fui ver a capa deles. Nenhuma os reduzia a aparência. Alguma cirurgia? Botox? Mudança de cabelo? Nenhuma citava isso a respeito deles. Apenas suas grandes conquistas profissionais, não importa se são de fato grandes ou não”, relatou.
Ela finalizou o texto dizendo que está cansada de mulheres serem resumidas à aparência e que não poderia ficar quieta sobre a situação
“Não pensei nem por um segundo que meu peito, ou a falta dele, meu cabelo e a textura dele estariam estampados em uma capa nesse momento da minha vida. Porque eu não pensei em nem um segundo neles”, refletiu.
“Eu poderia ficar quieta e dar close com uma capa bonita? Poderia… Mas, na boa, estou prestes a fazer trinta anos daqui a pouco e com zero paciência para continuarmos sendo reduzidas às nossas aparências e não às nossas carreiras. Foi por conta disso, aliás, que fiz e desfiz plástica, por conta dessa abordagem da mídia aos nossos corpos. Que nossas repórteres mulheres sejam mais responsáveis com suas irmãs artistas (os homens nem se fala)”, concluiu.
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