Leda Nagle polemizou nas redes sociais recentemente ao afirmar que não considera o termo ‘todes’ necessário na língua portuguesa. A jornalista ainda disse que não está disposta a usar o termo, que acha uma “frescura”.
A famosa de 72 anos foi ao podcast Papagaio Falantes, apresentado por Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, na última quarta-feira (1º). Durante sua participação, ela iniciou a discussão explicando sua dificuldade em “falar coisas novas”, dando como exemplo o uso da linguagem neutra para se referir às pessoas não-binárias.
Nagle pontuou que, em sua visão, o termo ‘todos’ é suficiente pois não faz distinção entre os gêneros tratados.
“Eu não vou falar todes, vou falar todos porque todos quer dizer todos nós. Nós todos. Mas eu não vou falar [a linguagem neutra], porque não vou aprender agora isso. Mas é difícil porque você não quer ofender as pessoas também. Então o todes eu acho frescura, quem quiser falar que vou, não vou proibir ninguém, quer falar, fala, mas eu não vou falar”, explicou.
O termo “todes” ganhou ainda mais visibilidade após ser adotado nas cerimônias oficiais do governo Lula (PT), com o intuito de promover inclusão às pessoas não-binárias que não se identificam nem com o gênero feminino nem com o masculino. O “e” é colocado no fim das palavras, ao invés de “a” ou “o”. O “todos” ou “todas” se torna “todes”.
MAIS POLÊMICAS
Na mesma conversa, a celebridade admitiu se incomodar por não poder usar termos como ‘mulata’ ou ‘denegrir’.
“Tem um monte de coisa que eu não sei hoje em dia como se fala mais. Você não sabe como se refere. Tem o ‘denegrir’ que não pode falar. ‘Mulata’, isso me incomoda muito, porque às vezes fico meio atrapalhada com isso”, ela dispara.
A sogra de Sabrina Sato usou um exemplo de quando entrevistou uma advogada negra especializada em visto americano, e ficou na dúvida de como poderia chamá-la.
“E eu lá naquela situação porque ela não é neeegra, entendeu? E eu falei: ‘como é que eu vou me referir à ela’. E eu perguntei: ‘como é que devo me referir a você?’ E ela: eu sou afro-latina’. Olha que loucura! Olha como é que chega ao requinte”, Nagle finaliza.
Confira a entrevista na íntegra: