Hudson Mendes viu sua vida mudar completamente após topar participar do ‘Casamentos às Cegas Brasil‘, reality da plataforma de streaming Netflix. E a inusitada experiência não é para qualquer um, hein! Por lá, homens e mulheres buscam o amor e ficam noivos antes mesmo de se conhecerem pessoalmente.
Participar de algo tão diferente, mesmo sem saber o que estava por vir, foi o que motivou o paulistano de 27 anos a aceitar o convite. Hudson diz acreditar na ideia de que poderia sentir coisas novas e, como ele mesmo define, “sair dessa caixinha, dessa bolha que a gente vive”.
Além disso, conhecer alguém especial estava nos seus planos principais, e parece que deu tudo certo nesse quesito, né? Pelo menos por um tempo… No reality, o engenheiro de materiais se apaixonou e, para a alegria do público, saiu casadíssimo após dizer ‘sim’ para a advogada Carolina Novaes, por quem se encantou logo na primeira conversa ainda na etapa das cabines.
No entanto, muita coisa mudou desde o fim das gravações, inclusive o estado civil de Hudson. É que, recentemente, a Netflix divulgou o reencontro dos participantes, revelando quais casais ainda continuam juntinhos. Ele e Carol, que formaram uma das duplas queridinhas do público, optaram por não seguir com a relação aqui fora, fato que pegou muita gente de surpresa.
O motivo do término? Bom, essa é uma pergunta que, segundo Hudson, ele recebe todo santo dia. Mas, para saber um pouco mais sobre a trajetória desse paulistano no ‘Casamento às Cegas Brasil‘, AnaMaria Digital bateu um papo com ele, que revelou também quais os planos de agora em diante. Ser influenciador de moda é um deles.
“Ter uma notoriedade no ramo da moda com marcas e criação de conteúdos relevantes é um sonho que busco realizar. Acredito que isso me trará, como consequência, oportunidades de dar uma vida mais tranquila à minha família”, conta.
Confira a entrevista na íntegra!
O que te motivou a aceitar o convite para participar do ‘Casamento às Cegas’?
Foi, sem dúvidas, a experiência de participar de algo tão inusitado, com a possibilidade de ter sensações incríveis. Mesmo não sabendo ao certo como seria, tínhamos uma ideia de que poderíamos sentir coisas novas e sair dessa caixinha, dessa bolha que a gente vive. Então, o fato de ser uma experiência incrível, de sair do comodismo e ainda de, sim, ter a possibilidade de conhecer alguém especial, me motivou a beça.
A possibilidade de conhecer alguém especial foi um dos pontos que motivou Hudson a participar do reality Foto: Reprodução/ Netflix
Você ficou com receio da exposição em algum momento ou isso não era uma preocupação?
Eu nem fiquei preocupado com a exposição, em um primeiro momento, até porque a gente não tinha noção de como iria aparecer, se repercutiria muito. A partir da segunda leva de episódios, porém, fiquei absurdamente preocupado porque já tinha tido algumas experiências com os quatro primeiros episódios, de muita gente julgando algo que não tinha nada a ver comigo, muita gente perguntando de tudo, querendo saber… E aí a sua cabeça vai ficando super maluca, cheia de coisas. Comecei a me preocupar se realmente eu tinha falado alguma besteira ou se não, se eu queria real essa exposição, mas isso são fases, né? Você vai se adaptando, se encaixando e vai tentando levar uma maneira saudável.
O que te chamou a atenção na Carol, diferenciando ela das demais, na primeira conversa que tiveram lá na cabine?
Percebi que essa conexão era diferente, e me chamou a atenção. As primeiras palavras, o ‘bom dia’, o ‘boa tarde’… a voz dela me encantava de uma maneira muito incrível. E aí fomos conversando, as coisas iam batendo, as ideias iam surgindo e tudo se encaixava naquele primeiro momento. Isso foi me chamando a atenção de uma forma tão grande que eu fui me deixando levar a ponto de, sim, me apaixonar por ela lá dentro.
Carol e Hudson foram um dos casais que disseram ‘sim’ no ‘Casamento às Cegas’ Foto: Reprodução/ Netflix
Você acreditava que realmente era possível se apaixonar desta forma, antes mesmo da troca de olhares?
Eu não acreditava que era possível, só que estava muito disposto a entender a proposta do programa para ver se realmente isso iria acontecer comigo, e é óbvio que aconteceu. Mas, a princípio, eu pensei que não era possível criar um sentimento por alguém por meio só de conversas e escutando a voz. Isso é bizarro.
Em algum momento, você teve alguma dúvida sobre o ‘sim’ ou já era uma certeza?
Sim! Tiveram momentos em que não tive certeza se iria falar o ‘sim’. Um deles foi na lua de mel, né? Sobre algumas coisas que aconteceram, que todo mundo viu, como a gente já tinha discutido alguns pontos lá. Naquele momento, fiquei em dúvida, tipo: ‘será que vai ser sempre assim?’, ‘será que é isso?’, ‘será que a gente vai conseguir se adaptar em algum momento?’ Depois, com a convivência, fomos nos encaixando e entendendo o espaço um do outro, os limites, nos adaptando e apaixonando cada vez mais. Naquele momento, não tive mais dúvida alguma de que seria um ‘sim’.
Porque o relacionamento de vocês não deu certo?
O porquê do nosso casamento não ter dado certo é uma pergunta que a gente recebe todo santo dia. Preferimos não comentar porque são motivos bem particulares e queremos nos preservar quanto a isso, sobre a nossa intimidade. Falo que foi como todo relacionamento que não deu certo, só que sem nenhuma briga, traição, ou algo do tipo. Éramos apenas pessoas com personalidades e sonhos bem diferentes. São algumas coisas importantes na vida que, se não batem, é difícil você levar para a frente. Foram situações acontecendo aqui fora, óbvio, quando a vida voltou a ser a real, onde os problemas são reais, onde tudo se torna mais intenso e você acaba pendendo para algum lado. Não durou tanto e acabou porque éramos pessoas diferentes. Foi isso.
Como foi ter que esconder que não estavam mais juntos durante todo esse tempo?
Foi difícil, mas se estivéssemos juntos também seria complicado para esconder. Acho que todos [que viram o programa] estavam na curiosidade para saber se estávamos casados ou não. Se você está no rolê ou se for jantar com uma pessoa ‘x’, perguntavam ‘cadê a Carol?’. Foi muito muito difícil e também um pouco incomum, né? Porque você quer seguir sua vida, quer conhecer outras pessoas e você fica bloqueado porque não pode. Posso dizer que foi um período bem difícil.
Quais participantes fazem parte do seu círculo de amizades hoje?
Graças ao bom Deus, o programa me trouxe grandes amizades e, muitas delas, vou levar para a vida toda. Inclusive um dos participantes, o Bruno Brych, é um dos meus melhores amigos. O Rodrigo também é um cara incrível, que hoje faz parte da minha vida. E tem as meninas também, a Pâmela, a Pitty, Ana Prado, que é um amor de pessoa e me ajuda muito em tudo. Por mais que algumas coisas não tenham acontecido da maneira que a gente queria, as amizades, sem dúvida, estão se fortalecendo cada dia mais. Saímos, nos divertimos, choramos juntos… é muito gratificante.
também ex-participante do reality, Bruno Brych se tornou um dos melhores amigos de Hudson Foto: Instagram/ @brych
Como está a vida pós-’Casamento às Cegas’?
Está uma loucura! Psicologicamente falando, é algo bizarro por conta da adaptação. Do nada você é uma pessoa anônima, daí passam dois meses e você já tem uma penca de seguidores, com direito a fãs e haters. Não vou ser hipócrita também, pois aparecem diversas oportunidades bem legais para quem quer se adaptar a essa vida de influencer. Então, por esse lado é bem benéfico, né? Se você consegue trabalhar bem, se está disposto a criar um conteúdo relevante, tem um nicho bacana para trabalhar e está a fim, eu acho que a vida pode, sim, dar uma melhorada, ficar um pouco mais interessante, mais legal. Quem quer viver essa vida, pode aproveitar essa fase, mas confesso que está uma loucura essa adaptação toda.
Você toparia participar de algum outro reality?
Sem dúvidas! Eu sou um brasileiro fã de realities, assisto todos que tem aqui no Brasil e alguns de fora, sou apaixonado! Confesso que todo reality que aparece, eu tento me inscrever, é uma parada que curto. E quem sabe, eu espero que aconteça, de ter a oportunidade de ir para outro reality, né? Seria muito, muito legal.
Agora que você já está conhecido, pensa em investir na carreira artística ou não existe essa possibilidade?
Penso, sim. Tem alguns nichos pelos quais sou apaixonado, como a moda. Tanto que tenho uma marca de roupas junto com amigos meus, em que criamos e desenvolvemos as peças juntos. É uma parada que eu gosto bastante. Pretendo investir meu tempo e meu conhecimento nisso para ser uma pessoa influente nesse meio, com dicas, lançamentos, parcerias e, óbvio, mostrando meu dia a dia, meu lifestyle. Sou um cara que também ama a cozinha, amo a minha família, amo mostrar como é a minha vida e tentar, de alguma maneira, influenciar positivamente as pessoas com a minha forma de viver, de tratar os outros, isso é importante. Ter alguém que mostre a vida real, que está correndo atrás dos sonhos, acho muito bacana. Então, com certeza, existe essa possibilidade e ela já está sendo desenvolvida. Eu estou muito feliz com essa trajetória.
Hoje, você diria que o amor é realmente cego?
Com certeza! Eu vou dizer sempre que o amor cego, sempre, sempre. Fui a prova real disso. No entanto, ele não é suficiente quando se trata de relacionamentos. Acho que o amor é um gatilho, uma chama, que para ficar acessa precisa colocar lenha. Então, acho que o amor é realmente cego, sem dúvidas, só que ele vem atrelado a outras coisas importantes que fazem com que um relacionamento dê certo.