A Rede Globo não fechará mais contratos exclusivos com seus atores, segundo a colunista Cristina Padiglione, da Folha. A mudança foi comunicada aos artistas por Ricardo Waddington, diretor de Entretenimento da emissora.
O regime de exclusividade, que era adotado desde 1970, ainda valerá para algumas estrelas, como Marina Ruy Barbosa, Osmar Prado, Taís Araújo e Alanis Guillen, até que seus contratos atuais cheguem ao fim. Depois, as renovações ocorrerão pontualmente, quando houver algum trabalho e durante o período do mesmo.
Na reunião, a liberdade dos atores de ir e vir foi citada por Waddington. Agora, eles terão a chance de atuar no streaming, por exemplo, sem empecilhos.
De acordo com a jornalista, a notícia não foi bem recebida por todos. Alguns presentes comentaram que seria como uma “demissão coletiva” disfarçada, já que os contratos exclusivos garantem férias remuneradas e salário mesmo quando não estão atuando.
A coluna disse que roteiristas e diretores não foram convocados à reunião, portanto, o novo modelo vale apenas para atores.
A Globo confirmou que a mudança foi discutida, mas deixou claro que contratos longos poderão acontecer, dependendo da duração de um trabalho.
“Não é verdade que a Globo tenha feito uma reunião para falar de contratos com o elenco, mas esse foi, sim, um dos assuntos abordados. Com clareza e transparência, como é a tônica da relação que tem com seus funcionários. Também não é verdade que a Globo deixará de ter contratos por prazo longo. Como você sabe, a Globo tem ajustado seus modelos de contrato às dinâmicas do mercado, com a possibilidade de fazer contratos por obra ou por período (prazo longo), de acordo com o planejamento de projetos”, disse a emissora em nota.