Mãe de Pedro Luna, de 1 ano e meio, Giselle Itié lida com as críticas de criar o filho sozinha. Ela, que já passou por diversas situações machistas tanto na carreira quanto na vida pessoal, espera que o herdeiro seja diferente e o educa para livrá-lo do machismo. Para isso, Itié o incentiva a brincar de bonecas e explica o motivo.
“Temos que valorizar o lado feminino dos homens. Por isso é importante ter pais que cuidam, dar boneca para os meninos, eles têm que entender o quanto é importante acolher, fazer ninar, alimentar outra vida”, opina ela em entrevista ao Uol.
“As crianças aprendem pelo exemplo, então acredito que o Pedro Luna não será machista. Desejo que ele seja livre para ser quem quiser, sem sofrer censuras por isso. Por ser um homem branco, espero que ele assuma esse privilégio e consiga ajudar outras pessoas”, completa a atriz.
Ela se separou de Guilherme Winter, pai de Pedro, no início da pandemia. Desde então, intitula-se como mãe solo. “Estou amando a maternidade, apesar de ser um assunto delicado. Acho sim que sou uma boa mãe, porque eu, Gisele, sempre fui uma pessoa que gosta do cuidado. Mas, para isso, também é importante termos nossos momentos de autocuidado, reservar um espaço do dia para fazer ioga, meditar, respirar”, conta.
“Tenho medo do autocuidado virar uma pressão é claro. Atualmente não tenho muito tempo livre para cuidar de mim, mas tento não me cobrar. Estou dando o meu melhor agora e isso não é fácil”, desabafa.
A famosa revelou também que já passou por relacionamentos abusivos: “Tive muitos… Quem não teve? Nós todos somos machistas, estamos aqui nos desconstruindo. Já ouvi comentários que minha boca é muito grande para eu usar batom vermelho (esse foi um dos últimos), que minha roupa estava curta, muito decotada, não anda com essa amiga que ela é vagabunda”.