Flávia Alessandra, que viveu Helena em ‘Salve-se Quem Puder‘, aproveitou o gancho das agressões sofridas por sua personagem para criticar a violência contra a mulher. No ‘Altas Horas’ do último sábado (17), ela ressaltou que todas as mulheres precisam de ajuda para sair de relacionamento abusivos.
“(…) Eu acho que é um tema que a gente tem sempre que trazer à tona: a violência contra a mulher. A gente não pode aceitar. Não existe justificativa nem desculpa. A vítima é a mulher. Se você souber, denuncie! Vamos apoiar umas as outras. Vamos dar um basta. Em briga de marido e mulher a gente deve se meter, sim, para salvar a mulher”, lamentou ela.
A esposa de Otaviano Costa revelou ainda a carga emocional de atuação que personagem requeria: “Depois das sequências finais que eu fiz de agressão, eu chegava em casa tão dilacerada. Deve ser devastador uma mulher passar por isso. Deve ser muito difícil ela conseguir, de fato, reagir. E nos tempos de pandemia, o que tem se visto é o aumento da agressão, porém não da solução, porque a mulher está sendo obrigada a estar coagida com seu agressor dentro do mesmo lugar”.
“Então, quando você tem a constatação de que aquilo está acontecendo, se meta sim. A gente não pode achar normal. Não existe justificativa para essa monstruosidade”, ressaltou Flávia.
Walcyr Carrasco, que também participou da atração, relembrou as vilãs Sandra e Cristina, ambas vividas por Flávia, em suas novelas: “Eu devo dizer que eu fiz a Flávia sofrer mais do que qualquer outro autor. Em uma novela, que foi ‘Alma Gêmea’ (2005), eu fiz o diabo sair do espelho e levá-la direto para o inferno, e em ‘Êta Mundo Bom!’ (2016), eu deixei a Flávia em uma solitária, louca e gritando”, divertiu-se ele.