Julia Naspolini falou sobre o amor de sua mãe, Susana Naspolini, pelo trabalho após o velório da jornalista. A cerimônia ocorreu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro (RJ), nesta quinta-feira (27).
Em entrevista à TV Globo, a jovem contou que fica emocionada com as homenagens que a repórter vem recebendo desde sua morte na última terça-feira (25).
“Eu vi que ela está sendo homenageada, fiquei muito emocionada com isso, de ver que o que minha mãe fez de bom para a cidade, na cobrança, que era o que ela amava fazer, com o ‘RJ Móvel’”, disse emocionada.
Em seguida, comentou que Susana era apaixonada pelo trabalho que fazia e sentia saudades de ir às ruas durante seu tratamento contra o câncer.
“Minha mãe amava o que ela fazia aqui na cidade. Ela amava o ‘RJ Móvel’, amava trabalhar. Ela estava inclusive com saudade de trabalhar. Ela falava quase diariamente comigo: ‘Ai, que saudade de estar lá, de estar junto com os moradores, de estar andando pelo Rio cobrando as coisas…’. Ela amava muito o trabalho dela”, lembrou.
A menina então falou sobre o legado deixado pela mãe. “Ela ia feliz para o trabalho, mas voltava ainda mais feliz. Ela realmente amava o que fazia. O bem que ela fez para as pessoas, as pessoas que ela conseguiu ajudar, isso a torna eterna, torna eterno o que ela fez. É bom saber que ela vai ser eterna de alguma forma para todo mundo. Saber que todo mundo não vai esquecer a alegria dela”, continuou.
MEMÓRIA
Julia também disse como gostaria que Susana fosse lembrada pelas pessoas.
“Muitas vezes era muito difícil para ela. Mas mesmo com toda essa dificuldade que a vida trouxe para gente, ela estava sempre com um sorriso no rosto, sempre querendo ajudar os outros. Minha mãe é a pessoa mais generosa que eu já conheci na minha vida. Nunca vi alguém tão generoso como ela, desde as pequenas coisas até as maiores. Ela sempre amou o que ela fazia: ajudar os outros”, afirmou.
“E queria que ela fosse lembrada dessa forma: uma pessoa alegre que mesmo com as dificuldades sempre manteve o sorriso no rosto e nunca perdeu a alegria de viver. Nunca! Jamais. Sempre lutou para viver, lutou para estar comigo. Que ela seja lembrada como essa pessoa alegre, que o sorriso dela seja lembrado sempre”, acrescentou.
CARINHO
Por fim, a adolescente, de 16 anos, falou sobre o carinho que recebeu do público: “Sabia que minha mãe era uma pessoa querida, mas não tinha essa dimensão. Todas as homenagens que eu tenho recebido, estou vendo tudo aos poucos. Ainda não tive tempo de ver tudo, porque tem sido uma correria desde que as notícias vieram, esses dias estão sendo muito difíceis”.
“Pessoas que eu já conhecia, meus amigos, da minha mãe, do meu pai, mas muitas pessoas também que eu nunca tinha visto na vida. Me deram uma flor, um abraço, leram o terço, deram uma palavra amiga… Todas essas homenagens com certeza confortam, deixam meu coração um pouquinho melhor”, concluiu.