Ludmila Dayer, que ficou conhecida após participar das temporadas de 1995 e 2000 de “Malhação” (TV Globo), anunciou ter sido diagnosticada com esclerose múltipla na última quarta-feira (28). Durante uma live no Instagram, ela contou sobre o processo de descoberta e como está lidando com a doença.
Atualmente com 39 anos e morando nos Estados Unidos, a atriz revelou ter começado a sentir problemas na visão e na cognição. Após ter os primeiros sintomas, optou por cortar carne, ovo, gordura, glúten, cafeína e álcool como uma maneira de controlar os efeitos pela alimentação.
“Era um sintoma atrás do outro e, por isso, fui procurar o médico. Não conseguia enxergar direito, minha fala não acompanhava os meus pensamentos, tinha problemas de memória e muitas dores no corpo. Ia de um cômodo para o outro e não lembrava o que tinha ido fazer”, afirmou.
VÍRUS
Conforme Ludmila, a principal suspeita é de que a doença tenha sido desencadeada pelo vírus EBV (Vírus Epstein-Bar), que pode ser transmitido pela saliva, por transfusões de sangue e através do contato com objetos contaminados.
Ela lembrou ainda que demorou quase um ano para ela receber o diagnóstico. Como maneira de combater os sintomas, a atriz continua apostando em uma alimentação restrita. “Tirei glúten, ovo, carne animal. Tudo que alimentava o vírus e provocava os sintomas. Também passei a comer coisas que desinflamam meu organismo”, finalizou.
MAS O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?
Trata-se de uma doença do sistema neurológico, caracterizada por ser autoimune, crônica e progressiva. Ou seja, as células responsáveis pela proteção do organismo atacam o Sistema Nervoso Central como se ele fosse uma espécie de ‘intruso’. Tal atividade acaba causando lesões em várias partes do cérebro e na medula óssea.
Silenciosa, a Esclerose atinge principalmente pessoas entre 20 e 40 anos, raramente revelando-se durante a infância ou terceira idade. De acordo com o neurologista e neurocientista Guilherme Sciascia do Olival, o ponto médio de manifestação dos sintomas no Brasil é por volta dos 34 anos.
“Não tem nenhuma evidência antes do desenvolvimento da doença, não está pré-determinado no DNA. Tanto que, no caso de gêmeos univitelinos, um pode desenvolver e o outro não”, explica o especialista.