Fabiana Karla, que completou 48 anos em outubro, revelou como lida com o diagnóstico de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Em entrevista para a Revista Veja, a humorista contou que ferramentas usa para enfrentar o transtorno: “Tudo o que eu antes pensava ser criatividade, descobri ser o hiperfoco do TDAH. Gasto muita energia em qualquer movimento da minha vida, é um esforço atroz, isso mexia muito com as minhas relações interpessoais.”, iniciou a artista. “O diagnóstico foi importante para encontrar ferramentas. Estou aprendendo a lidar bem com isso, e tendo mais qualidade de vida.”, disse.
A atriz refletiu sobre a importância de identificar os sinais da doença e de como é fundamental falar a respeito do transtorno: “Faço questão de falar sobre o assunto para que as pessoas saibam que é possível viver com TDAH, mas também para entenderem do que se trata, já que são feitas tantas piadas sobre ele por aí.”, afirmou.
SOBRE O DIAGNÓSTICO
Em bate-papo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, no ‘PodPeople’, em agosto deste ano, Fabiana contou como é viver com TDAH. “A arte me salvou. Me salvou porque tudo o que eu achava que era esse talento que vocês tanto enxergam, era meu TDAH direcionado, o hiperfoco”. A artista pontuou ainda a banalização do termo: “As pessoas também estão normalizando muito, e esquecem de legitimar a nossa dor”.
A humorista acrescentou que o diagnóstico foi tardio e relembrou as questões, relacionadas ao transtorno, que viveu na infância. “A quantidade de coisas que passei e que eu não precisava ter passado, minha família poderia ter visto isso antes, a potência que eu poderia ser mais ou como eu poderia ter diminuído certas etapas da minha vida. E, ao mesmo tempo, eu observo que é muito duro falar sobre isso, mas é muito importante”.
