A vida de Íris, personagem de Deborah Secco em ‘Laços de Família’, pode ficar ainda mais difícil nos próximos capítulos da novela. É que, após a jovem perder o pai, Aléssio (Fernando Torres), mais uma tragédia familiar acontecerá na vida da jovem.
Uma das cenas mais marcantes da trama de Manoel Carlos é quando a irmã de Helena (Vera Fischer) vê a mãe, Ingrid, vivida por Lilia Cabral, perder a vida em seus braços, após um sequestro.
Deborah Secco tinha apenas 21 anos quando deu vida a Íris. Na época em que a trama foi ao ar pela primeira vez, em 2000, a personagem da artista foi considerada uma das mais odiadas da novela.
Vinte anos se passaram e, agora, com a trama de Manoel Carlos sendo reprisada nas tardes da Globo, muita coisa mudou, inclusive a visão do público em relação à filha de Ingrid, vivida por Lilia Cabral.
“PARAMOS A LAGOA PARA GRAVAR…’’
A dupla, aliás, emocionou o público em uma das cenas mais memoráveis do folhetim: a morte da mãe da vilã. O momento, inclusive, é citado por Deborah como um dos mais especiais, em entrevista exclusiva para AnaMaria Digital.
“Sem dúvidas, a cena do sequestro foi de muita emoção, de muita tensão, muita entrega… Eu lembro como se fosse ontem, foi muito especial! A gente parou a Lagoa para gravar, foi incrível”, relembra a artista.
Ela ainda revela que a personagem tem inúmeras cenas boas, o que dificulta eleger uma favorita: “Acho que a cena do Judas, as cenas com o Pedro, com a Camila, da morte do pai, essa da morte da mãe no sequestro relâmpago… Acho que a Íris foi uma personagem que não dá para eleger uma cena só, uma personagem toda boa de fazer”.
PARCERIA DE SUCESSO
A parceria entre Deborah e Lilia Cabral foi, sem dúvidas, um dos grandes acertos do autor. Tanto que a veterana não só concorda, como faz elogios à intérprete de Íris.
“Tinha o frescor da Deborah Secco, que estava em início de carreira. Tivemos lindas cenas de mãe e filhas juntas e de duas mulheres que em alguns momentos se compreendem e, em outros, não conseguem se entender”, recorda Lilia.
Além disso, destaca o texto de Maneco, considerado por ela magistral, e a direção de Ricardo Waddington e Rogério Gomes (Papinha).
“Na época fez muito o meu cenário, o conheci (Papinha) nessa novela. O Ricardo eu já tinha trabalhado várias vezes e gostava muito da forma dele de trabalhar, a vontade de acertar. Ele sabia o tempo que era preciso para tudo ficar bom”, avalia.
PERSONAGEM IMPORTANTE
Apesar de não ter chegado até o final da trama, Cabral tem consciência de que teve uma função importante na história. “Até hoje ninguém esqueceu da morte do Aléssio (Fernando Torres) e nem da Ingrid. Foi muito bom ter feito essa novela”, afirma.
Para a atriz, ‘Laços de Família’ tinha muitas nuances e características valiosas. “Maneco sempre foi um cronista da época que vivemos, e a história principal de mãe e filha gerava situações que circulavam em torno da mesma família, ramificações… E eu era casada com o pai da Helena”, recorda.
CONVIVÊNCIA ESPECIAL
Ela destaca ainda que o folhetim foi mais especial por ter dado a chance dela conviver, durante quase três meses, com Fernando Torres, que faleceu oito anos depois da primeira exibição da novela. Para quem não sabe, ele era marido da atriz Fernanda Montenegro na vida real.
“Também era um grande ator, diretor, uma grande pessoa. Até hoje eu me lembro das conversas, da cultura que ele tinha e da forma de encarar a profissão. Quantas coisas eu ouvia… E, dentro das histórias que ele contava, existiam muitos ensinamentos”, diz Lilia.
Por fim, a estrela afirmou que, sem dúvidas, ‘Laços de Família’ deixou muitas lembranças e bons motivos para assistir a trama novamente.
“Muita gente começando e crescendo na profissão. Foram belas interpretações, belos diálogos, valeu muito ter feito essa novela e serei sempre agradecida ao Maneco, que é muito especial na minha vida e carreira”, conclui Lilia.