Dona Déa Lúcia concedeu uma entrevista ao ‘Fantástico’ (TV Globo) e falou, pela primeira vez, sobre a morte do filho, o humorista Paulo Gustavo. Ele faleceu na última terça-feira (4), aos 42 anos, vítima da Covid-19.
Em conversa com a jornalista Renata Ceribelli, exibida neste domingo (9), a senhora contou que, durante a pandemia do coronavírus, chorou pelas mães que perderam seus filhos para a doença, sem saber que passaria pelo mesmo.
“Não estou bem, mas eu sou capaz de rir. Quando falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava. Ele dizia: ‘lá vem mamãe’. Então, eu tenho que ter força. A cada morte de um filho [na pandemia] eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho ia passar por isso”, disse Déa Lúcia, sem conter as lágrimas.
A mãe do humorista detalhou como foram os últimos momentos de vida do filho, que contou com a presença da família e orações a São Francisco de Assis.
“A gente foi chamado no hospital, porque ele teve morte cerebral. E nós quatro, Juju, Júlio, eu e Penha ficamos ali. Juliana com a mãozinha dele. O Júlio segurou em uma mãozinha, eu na outra. O Thales no pé, e o Júlio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei Penha, vem cá Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele. Aí cantamos a oração de São Francisco, que ele sempre pedia, desde pequeno, para cantar. E eu cantava. O batimento foi diminuindo”, falou.