Bruno Fagundes viu todos os holofotes da mídia virarem em sua direção após assumir o namoro com Igor Fernandez e revelar sua sexualidade, há algumas semanas. Aproveitando a visibilidade do tema, o filho de Antônio Fagundes, decidiu externar casos de preconceito sofridos ao longo da vida, entre eles, quando foi “agredido por existir”.
Em entrevista ao gshow, ele afirmou ter sido agredido quando estava na companhia de amigos na Avenida Paulista: “Só uma pessoa que foi atacada na rua sabe o que é isso. Estava andando e, simplesmente por existir, fui agredido. Me lembro que quando aconteceu, uma semana antes, uma menina tinha morrido, porque ela estava com a namorada na rua. De certa forma, essa violência era normatizada, como tantas outras.”
Muito além dos casos de homofobia explícita, Bruno também não esquece daqueles casos mais escondidos. O ator de ‘Cara e Coragem’ conta que era proibido revelar sobre sua sexualidade no início da carreira. Para ele, sua postura, virilidade e até mesmo o jeito de falar eram alvos de críticas no ambiente profissional. “Ouvi a minha vida inteira: ‘Mas você desmunheca, como vai trabalhar?’”, relembra.
Até mesmo o fato de ser filho de um dos maiores atores do país também gerou heranças prejudiciais para seu desenvolvimento. Segundo Bruno, muitos o cobravam por algo que ele não poderia oferecer: a fama de galã com a representação de homem hétero.
“Isso não só é uma injustiça com a carreira dele, como é uma injustiça com a minha carreira e com a minha individualidade”, lamenta.
RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Muito além do ambiente profissional, a relação de Bruno com Antônio Fagundes e Mara Carvalho não poderia ser melhor. Os pais foram os responsáveis por oferecer um apoio incondicional, algo que ele sabe ser difícil de ser encontrado em outras famílias.
“Tenho um pai e uma mãe que são aliados, com plena consciência de que isso é uma exceção. Com a maturidade e com a segurança profissional que adquiri, comecei a perceber que a minha história poderia virar uma inspiração. Não só para pessoas como eu, mas para os pais dessas pessoas. Porque os pais ideais respeitam e amam seus filhos. E isso pode, e é positivo, para outras existências que não só a minha.”